CONSULTOR MÉDICO DO HOSPITAL POLICLIN 039 |
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Micoses das Unhas dos Pés Introdução As micoses dos pés, também chamadas de onicomicoses, são uma condição relativamente comum que desfigura e às vezes destrói a unha. A onicomicose pode ser causada por vários tipos diferentes de fungos (organismos microscópicos encontrados também no mofo). Estes fungos crescem em ambientes escuros, úmidos e sufocantes como o interior de sapatos fechados. Eles crescem e se alimentam de queratina, a proteína dura, córnea que compõe a superfície das unhas dos dedos. Na maioria dos casos, o fungo das unhas do pé pertence a um grupo de fungos chamado dermatophytes que inclui o Trichophyton rubrum e o Trichophyton interdigitale. As micoses dos pés afetam de 2 a 18 por cento de todas as pessoas no mundo. É relativamente rara nas crianças, afetando uma em cada 200 pessoas abaixo dos 18 anos de idade. Porém, sua incidência aumenta com a idade, de forma que até 48 por cento de todos os indivíduos têm pelo menos um dedo do pé afetado até que eles alcancem os 70 anos de idade. Para algumas pessoas, as micoses dos pés são um problema cosmeticamente embaraçoso que eles cobrem usando sapatos fechados ou esmaltes de unha (no caso das mulheres). Qualquer pessoa que use meias ou sapatos apertados tem um risco aumentado das micoses dos dedos dos pés se desenvolverem, especialmente se eles também fazem uma higiene ruim de seus pés. Várias camadas de esmalte nas unhas que a impedem de respirar, são outro fator de risco. Além disso, como as micoses das unhas dos pés podem se esparramar de um pé para outro ao caminhar descalço na chuva e em vestiários, as infecções fúngicas das unhas dos pés são especialmente comuns entre pessoal militar, atletas e mineiros. A condição também tende a afetar as pessoas com doenças crônicas, como o diabetes ou o HIV, como também os indivíduos com problemas circulatórios que diminuem o fluxo de sangue aos dedos dos pés. De todas as unhas dos dedos do pé, as unhas do hálux (dedo maior) e do dedo mínimo (menor) são mais prováveis de desenvolver um fungo. Isto pode ser em parte devido ao fato que constantemente eles estarem mais freqüentemente expostos aos traumas moderados da fricção das laterais dos sapatos. Quadro Clínico Quando uma unha do pé desenvolve uma infecção fúngica, ela tipicamente fica amarela ou marrom, fica grossa e enorme. O mau cheiro dos resíduos também podem acumular debaixo da unha, especialmente dos lados e nas dobras. Como a infecção persiste por muito tempo, a unha ou pode esmigalhar-se gradualmente e cair ou ficar tão grossa que o dedo do pé afetado passa a provocar incômodo ou dor dentro dos sapatos. Diagnóstico Depois que você descrever os sintomas de seu pé, o (a) dermatologista irá lhe perguntar por qualquer fator que possa aumentar seu risco de infecção por fungo nas unhas do pé. Estes incluem uma ocupação que envolva o contato constante dos pés com água, participação em esportes, sapatos ou meias apertadas, higiene ruim dos pés ou o uso de esmalte de unha sem o devido cuidado. O dermatologista também perguntará se você tem uma história de baixa circulação, diabetes, HIV ou qualquer outra doença que possa diminuir sua resistência às infecções ou possa interferir com o fluxo de sangue a seus dedos do pé. Como a psoríase (doença que leva a descamação da pele e unhas) às vezes pode causar problemas das unhas que se parecem com uma micose, seu médico pode perguntar se você ou alguém em sua família sofre de psoríase. Em alguns pacientes com psoríase, as unhas são a única parte do corpo afetada pela doença; a pele é poupada. Além disso, é possível que a psoríase e uma infecção fúngica co-existam simultaneamente na mesma unha do pé. Depois de revisar seus sintomas, fatores de risco e história clínica, ele examinará as unhas do pé identificando aquelas afetadas. Para confirmar se você tem na verdade uma micose, ele poderá optar por colher pequenas amostras das unhas afetadas e envia-las para um laboratório. As amostras de unha serão examinadas sob o microscópio e serão feitas culturas do material (que verá o crescimento de fungos e outros microorganismos). A micose da unha do pé é melhor diagnosticada com o resultado do exame de laboratório, além do diagnóstico clínico. Se a unha do pé realmente tiver uma micose, o tratamento de longo prazo pode ser iniciado, e não deve ser começado baseado em um diagnóstico incorreto. Prevenção Você pode ajudar a prevenir a micose da unha do pé através das seguintes sugestões:
Tratamento Há várias abordagens de terapia. O tratamento pode começar com o médico removendo as partes afetadas das unhas o quanto for possível, além de aparar as unhas com cortadores. A seguir, se a infecção for leve e muito localizada, seu médico pode prescrever um tipo especial de esmalte de unha com um fungicida que contém amorolfine (Loceryl â) ou ciclopirox (Loprox â). Você deve aplicar o esmalte de unha duas vezes por semana até que sua unha esteja totalmente curada. Se a infecção envolve uma área mais larga de sua unha, ou várias unhas, o dermaotologista prescreverá um medicamento antifúngico oral, como o itraconazol (Sporanox â) ou a terbinafina (Lamisil â). O Itraconazol e a Terbinafina ocasionalmente causam efeitos colaterais incômodos, e o Itraconazol tem o potencial de produzir interações com outros remédios, principalmente em pessoas que tomam terfenadina, astemizol, cisaprida, midazolam, triazolam ou lovastatin. Em casos muito severos de micose da unha do pé resistente a terapia, a remoção cirúrgica da unha pode ser necessária. Qual médico procurar? Você deve procurar um (a) dermatologista sempre que notar que uma porção de sua unha do pé ficou anormalmente grossa ou descorada. Procure-o imediatamente se qualquer problema que envolve seus pés ou dedos do pé, fazem seu andar tornar-se doloroso ou difícil. Prognóstico Estas micoses raramente se curam sem tratamento. Normalmente é uma condição crônica que gradualmente progride, envolvendo cada vez mais a unha. Até mesmo se a unha afetada cai espontaneamente ou é arrancada, a unha que nascer estará normalmente infetada com o fungo. De acordo com um estudo envolvendo 195 pacientes com micose das unhas do pé, 81 por cento das pessoas tratadas com terbinafina e 63 por cento daquelas tratadas com itraconazol curaram-se de suas micoses após 12 semanas de terapia. Porém, até mesmo depois que o fungo foi morto nestes pacientes, só 36 a 50 por cento ficaram com suas unhas completamente limpas, claras e com aspecto normal. Depois do tratamento com o Itraconazol, 9 a 11 por cento dos pacientes tiveram recaída da micose depois de nove a 12 meses. Depois do tratamento com a Terbinafina, aproximadamente 12 por cento de pacientes tiveram recaída dentro de 12 meses. |
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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
MICOSE na unha do pé.informação
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