segunda-feira, 30 de abril de 2012
O significado da Mandala
Mandala (मण्डल) é a palavra sânscrita de origem hindu, que significa "círculo mágico", um círculo de energia, e é uma representação geométrica da dinâmica relação entre o homem e o cosmo.
De fato, toda mandala é a exposição plástica e visual do retorno à
unidade pela delimitação de um espaço sagrado e atualização de um tempo divino.
A
Mandala
é constituída por desenhos geométricos - basicamente círculos, quadrados
e triângulos - que se inscrevem uns aos outros formando ou se
entrelaçando a
imagens simbólicas formando um grande círculo contendo várias imagens
significativas.
A Mandala é a expressão visual do retorno
à Unidade pela delimitação de um espaço - o espaço dentro do círculo
- símbolo do "espaço sagrado". A circunferência que delimita a
Mandala tem como origem o próprio ponto central e limita esse espaço
circular separando-o do restante do Todo.
Este espaço então é preenchido com várias imagens
representativas das mais variadas ligações simbólicas, resultando numa representação
gráfica da relação dinâmica entre o Homem e o
Cosmo. Desde os tempos mais remotos até os dias de hoje as Mandalas são usadas
como focos de meditação, para atrair abundância material e sorte nos
negócios, para amenizar as dificuldades, para captar energia,
harmonizar o ambiente e transformar vibrações negativas em positivas.
Há toda uma simbologia envolvida e uma grande variedade de desenhos de acordo com a origem.
Nas
sociedades primitivas, o ciclo cósmico, que tinha a imagem de uma
trajetória circular (circunferência), era identificado como o ano. O
simbolismo da santidade e eternidade do templo aparece claramente na
estrutura mandálica dos santuários de todas as épocas e civilizações.
Uma vez que o plano arquitetônico do templo é obra dos deuses e se
encontra no centro muito próximo deles, esse lugar sagrado está livre de
toda corrupção terrestre. Daí a associação dos templos às montanhas
cósmicas e a função que elas exercem de ligação entre a Terra e o Céu.
Como exemplo, temos a enorme construção do templo de Borobudur, em Java,
na Indonésia. Outros exemplos que podemos citar são as basílicas e
catedrais cristãs da Igreja primitiva, concebidas como imitação da
de Jerusalém Celeste, representando uma imagem ordenada do cosmos, do
mundo.
A
mandala como simbolismo do centro do mundo dá forma não apenas as
cidades, aos templos e aos palácios reais, mas também a mais modesta
habitação humana. A morada das populações primitivas é comumente
edificada a partir de um poste central e coloca seus habitantes em
contato com os três níveis da existência: inferior, médio e superior. A
habitação para ele não é apenas um abrigo, mas a criação do mundo que
ele, imitando os gestos divinos, deve manter e renovar. Assim, a mandala
representa para o homem o seu abrigo interior onde se permite um
reencontro com Deus.
Originalmente criadas em giz, as mandalas são um espaço sagrado de meditação. Atualmente são feitas com areia originárias da Índia. Normalmente divididas em quatro secções, pretende ser um exercício de meditação e contemplação. O objetivo da arte na cultura budista tibetana é reforçar as Quatro Nobres Verdades. As mandalas são consideradas importantíssimas para a preparação de iniciadores ao Budismo, de forma a prepará-los para o estudo do significado da iluminação.
O
processo de construção de uma mandala é uma forma de meditação
constante. É um processo bastante lento, com movimentos meticulosos. O
grande benefício para os que meditam a partir da mandala reside no fato
de que a imaginaram mentalmente construída numa detalhada estrutura
tridimensional.
No
processo da construção de uma madala, a arte transforma-se numa
cerimônia religiosa e a religião transforma-se em arte. Quando a mandala
está terminada, apresenta-se como uma construção extremamente colorida.
Depois do ciclo é desmanchada, a areia é depositada, geralmente, na
água. Apenas uma parte é guardada e oferecida aos participantes.
Um monge inicia
a destruição desenhando linhas circulares com seu dedo, depois espalham
a areia e a colocam em uma urna. Quando a areia é toda recolhida, eles
apagam as linhas que serviram de guia à construção e despejam a areia
nas águas do rio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário