Agora me explica: como tem gente que gosta do Rob Liefeld?
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Pedro Ribeiro Nogueira é
estudante de Filosofia e Direito. Aprecia e escreve HQs, ouve muito
Rock’n'roll, pratica a desobediência civil e recusa-se terminantemente a
dançar.
Divulgue nossa postagem
A fantástica arte de Moebius
Pegando o vácuo do último Videocast do Pipoca e Nanquim, sobre Mangás, me endireitei na cadeira, estalei os dedos e pus as idéias no lugar para falar sobre um artista fantástico e que deveria ser conhecido por TODOS fãs de quadrinho, o francês Jean Giraud, ou Moebius.
Antes de falarmos do cara, minhas singelas explicações: Moebius e os quadrinhos orientais não têm relação nenhuma não! Mas para apreciar Moebius (bem como os Mangás) o fã de comics e histórias de super-heróis comuns necessitam abrir com um pé-de-cabra a cabeça e aceitar os outros estilos. Eu sou um destes. Demorei muito para sair do meu estilo preferido (Vertigo) e começar a ler coisas diferentes. É como o Bruno falou no programa, existe esse preconceito bobo dentre os leitores de arte seqüencial. E se o Pipoca e Nanquim já fez uma viagem à terra do sol nascente, vamos até a cidade das luzes e conhecer um pouco desse francês!
Moebius é o pseudônimo de Jean Giraud. Em alguns trabalhos também aparece com a assinatura Gir. A fama de Moebius não se limitou à Europa, mas se espalhou por todo o mundo. Essa fama, entretanto, não é a mesma fama que outros artistas da arte seqüencial puderam ter. Talvez pelo preconceito dos fãs. Mas o mais provável é que o próprio estilo do cara o tenha limitado.
O traço limpo, detalhado e arredondado de Moebius não se encaixou bem com os quadrinhos de super-heróis, que é o carro chefe da indústria. Tampouco é suficientemente simples para influenciar desenhos animados e outras mídias.
O traço dele é único. Digno de galerias de arte.
De alguma forma misteriosa ele passa despercebido por muitos leitores. Mas basta bater o olho em algumas das obras do francês pra sentir o queixo atingir no chão. Dono de uma imaginação (auxiliada por viagens de LSD?? Creio que sim!) incrível, o artista domina os cenários com diversas imagens arrepiantes.
Psicodelia e futurismo são elementos óbvios, e Moebius lança mão de invenções e apresenta criaturas de outros mundos e idéias pra lá de malucas. Não é incomum passar horas observando apenas uma página dele.
Ao olhar para os cenários desérticos ou repletos de pessoas e ver criaturas que ele cria, eu começo a pensar que só podem ter influenciado George Lucas no design de Star Wars.
Bem, talvez eu esteja sendo irresponsável com esta última afirmação, mas certamente não peco ao dizer que a estética européia de desenho de Moebius, embora ele próprio muito pouco tenha passado pelos quadrinhos dos super-heróis, com certeza influenciou um dos artistas que mais aparece hoje em dia, Frank Quitely.
Olhe para o Allstar Superman, por exemplo, e me diga se você não percebe uma influência clara do Moebius ali. E se isso é pouco pra você, me diga: Já ouviu falar de Alien: O oitavo Passageiro? E quanto a Quinto Elemento (que conta com a presença do MELHOR ATOR de todos os tempos)? Segredos do Abismo, Tron e até Death Note, todos estes tiveram participação direta do design do francês.
Não bastasse isso, as histórias que já li do cara são todas muito boas. Minha sugestão: Incal e Little Nemo in Slumberland.
Tudo isso dito, pode ter alguém que não goste muito do estilo psicodélico do Moebius (embora eu ache isso impossível). Não tem problema, pois polivalente como ele é, já trabalhou em quadrinhos como Blueberry, um faroeste que prima pelo realismo. Os personagens, as feições, os cenários, tudo muito digno e bonito.
Vocês podem perceber que este post não é um tratado sobre a teórica artística do Moebius, onde se elaboram criticas e elogios ao estilo único dele. Na verdade, queria simplesmente apresentar pra vocês uma breve reflexão sobre essa arte impressionante. Eu não preciso dizer muito – a arte dele já trata de nos levar a outros mundos!
Se Moebius não manda bem pra caramba meu nome é Jamal e eu sou um dançarino de Lambada!
Deixo vocês com algumas páginas para serem contempladas. Boa viagem!
De Fellini para Moebius
20 novembro 2007, 20:21
Arquivado em: Cinema - Filmes, Comics - Quadrinhos, Desenhistas, Moebius - Jean Giraud | Tags: Federico Fellini, Heavy Metal, Jean Giraud, Metal Hurlant, Moebius
Em 1981, a fantástica revista Heavy Metal – versão americana da original francesa Metal Hurlant
– lançou uma edição especial com trabalhos de um dos maiores
desenhistas de quadrinhos do mundo, dono de um traço inconfundível e
refinado. Seu nome: Jean Giraud ou Moebius. Nessa edição especial foi
publicada uma carta que o inesquecível diretor de cinema Federico Fellini escreveu para o desenhista durante as filmagens de A Cidade das Mulheres. Na mensagem Fellini, que também
gostava de desenhar, demonstra sua reverência para com o trabalho do
quadrinista e pergunta porque ele não é, também, diretor de cinema.
Moebius nunca dirigiu um filme, mas já colaborou com algumas produções
que comentarei em breve neste blog. As imagens que ilustram este texto
são papéis de parede que fiz com suas ilustrações. Clique nelas para
baixá-los.Arquivado em: Cinema - Filmes, Comics - Quadrinhos, Desenhistas, Moebius - Jean Giraud | Tags: Federico Fellini, Heavy Metal, Jean Giraud, Metal Hurlant, Moebius
Leia abaixo a carta do mestre do cinema:
Roma, 23 de junho de 1979
Meu caro Moebius,
Tudo o que você faz me encanta, até mesmo o seu nome me encanta. No meu Casanova, chamei de Moebius o personagem de um velho médico, um homeopata, meio mágico, meio bruxo: foi uma maneira de mostrar minha simpatia, minha gratidão, pois você é formidável e eu não tenho tempo de lhe dizer o quanto e por quê.
Estou rodando na cadência febril de sempre, ou, talvez, desta vez, um pouco mais febrilmente que de costume, pois às vezes tenho a impressão que ainda não comecei este filme, outras vezes me parece já tê-lo acabado há muito tempo: assim, vivo como que suspenso dentro de um de teus universos tortuosos, semgravidade.
Enviar-te esta carta apressada e desordenada, eu lamento, pois a alegria e o entusiasmo que me dão seus desenhos, exigiriam de mim maior precisão, e que eu te dissesse tudo, já e de uma só vez. Deixa-me te dizer, ao menos, que descobrindo o que tu fazes e o que fazem teus companheiros da Metal Hurlant, imediatamente reencontrei este sentimento pungente: face a um encontro maravilhoso que nos é periodicamente prometido, que eu só havia conhecido quando criança, entre dois números de Giornalino della Domenica, que traziam as Aventuras de Happy Hoologan e dos Sobrinhos do Capitão.
Que grande diretor de cinema tu serias! Nunca pensaste nisto?
O que há de mais admirável nos teus desenhos é a luz – sobretudo nos teus desenhos em preto e branco: uma luz fosfórica, oxídrica, luz de lux perpétua, de limbos solares… Fazer um filme de ficção científica, é um dos meus velhos sonhos. Penso nisso desde sempre, pensava nisto bem antes destes filmes estarem na moda. Tu serias, sem dúvida, o colaborador ideal, entretanto não te chamarei jamais, pois tu és completo demais, tua força visionária é terrível demais. Então o que eu iria fazer nessas condições?
Eis porque, caro Moebius, te digo apenas isto: continua a desenhar fabulosamente para a alegria de todos nós.
Buon lavoro e buona fortuna
Federico Fellini
A arte sequencial de Jean Giraud - Moebius
Criado em: 12/05/2012 12:53:01 por: Captain HQ - via Editores
Categoria: arte / HQ Tags: Moebius quadrinhos arte sequencial speed painting
Jean Henri Gaston Giraud (08 de maio de 1938 - 10 de Março de
2012), mais conhecido pelo pseudônimo de Moebius, foi um famoso
artista-quadrinista francês. O reconhecimento deste artista inclui
elogios de personalidades como Federico Fellini, Stan Lee, Hayao
Miyazaki, entre outros.
Sob o pseudônimo de Moebius, ele criou uma vasta gama de ficção científica e fantasia em quadrinhos de um ambiente altamente imaginativo e surreal, um estilo quase abstrato.
Entre seus trabalhos mais famosos estão Arzach, Airtight Garage of Jerry Cornelius, The Incal e Blueberry. A série de quadrinhos ocidental Blueberry foi co-criado com o escritor Jean-Michel Charlier e foi adaptada para o cinema em 2004 pelo diretor francês Jan Kounen.
Moebius contribuiu com storyboards, idéias e desenhos conceituais para numerosos obras de ficção científica e fantasia, filmes, incluindo Alien, Willow, Tron (1982), e The Fifth Element (Quinto elemento).
No vídeo abaixo de speed-painting, vários artistas demostram suas habilidades. Moebius, aparece como o primeiro no vídeo (um senhor idoso em 2009).
A lista de artistas, em ordem de apresentação:
Sob o pseudônimo de Moebius, ele criou uma vasta gama de ficção científica e fantasia em quadrinhos de um ambiente altamente imaginativo e surreal, um estilo quase abstrato.
Entre seus trabalhos mais famosos estão Arzach, Airtight Garage of Jerry Cornelius, The Incal e Blueberry. A série de quadrinhos ocidental Blueberry foi co-criado com o escritor Jean-Michel Charlier e foi adaptada para o cinema em 2004 pelo diretor francês Jan Kounen.
Moebius contribuiu com storyboards, idéias e desenhos conceituais para numerosos obras de ficção científica e fantasia, filmes, incluindo Alien, Willow, Tron (1982), e The Fifth Element (Quinto elemento).
No vídeo abaixo de speed-painting, vários artistas demostram suas habilidades. Moebius, aparece como o primeiro no vídeo (um senhor idoso em 2009).
A lista de artistas, em ordem de apresentação:
- Moebius - Moebiusprod
- Benjamin - Xiaopan
- Vatine - Comixburo
- Ji'An - Xiaopan
- Bellamy - Comixburo
- Yian Yi - Xiaopan
- Pascal Sibertin - Pixeltv
Morre Moebius, um dos maiores nomes dos quadrinhos
Jean Giraud, mundialmente conhecido como Moebius, faleceu em 10 de março de 2012, num hospital em Paris, na França
O grande desenhista Jean Giraud, mundialmente conhecido como Moebius, faleceu em 10 de março de 2012, num hospital em Paris, na França. A informação de sua morte foi divulgada inicialmente pela rádio francesa Europe 1 e confirmada por sua esposa, Isabelle, e sua filha, Nausicaä.
Giraud tinha 73 anos e estava internado à uma semana fazendo um tratamento para eliminar câncer, contra o qual lutava há bastante tempo.
O autor de Blueberry, Incal e tantas outras criações de referência da banda desenhada franco-belga estava doente há dois anos e sabia-se que o seu atual estado de saúde era grave. Apesar disso, a notícia foi recebida com muita tristeza no meio da BD. “Toda a profissão está em estado de choque, totalmente arrasada”, declarou à AFP Gilles Ratier, secretário-geral da Associação de Críticos de BD. O desenhador François Boucq afirmou à mesma agência ter “perdido um verdadeiro grande amigo”. Recordou o talento de Giraud como “mestre do desenho realista”. Disse também que ele tinha um “real talento humorístico”, do qual ainda dava boa prova junto das enfermeiras há 15 dias, quando o visitou no hospital.
Yves Frémion, um dos animadores da revista Papiers Nickelés, consagrada à “imagem popular”, foi um dos primeiros a pôr a circular a notícia. As reações de tristeza e perplexidade não se fizeram esperar. O crítico Gilles Ciment sintetiza bem o espírito dos comentários ao afirmar: “Perdemos de uma só vez um homem requintado e dois autores excepcionais. É terrível.”
Os dois autores que coexistiram no mesmo criador eram Giraud e o seu “duplo” Moebius, surgido em 1969 – um nome que homenageava o cientista August Ferdinand Möbius, a quem se deve o oito deitado que é o símbolo do infinito. É com a primeira assinatura que surge a série western realista Forte Navajo. Com Moebius, irrompe na banda desenhada europeia a vertente fantástica e onírica da sua faceta criativa.
Jean Henri Gaston Giraud nasceu em 8 de maio de 1938, em Nogent-sur-Marne, uma cidade nos arredores de Paris. Sua mãe incentivou seu lado artístico desde cedo, matriculando-o ainda pequeno na escola ABC, cujo currículo dava grande importância para a alfabetização e para o desenho.
Ele já se interessava pelos desenhos desde menino, particularmente as histórias de faroeste, que era um de seus assuntos prediletos.
Sua carreira com quadrinhos e ilustração começou em 1954, aos 16 anos, quando Giraud entrou na Escola de Artes Aplicadas de Paris (École des arts appliqués de Paris). O jovem artista passou, então a publicar alguns desenhos na revista Fiction – revista de ficção científica francesa que circulou entre 1958 e 1990 e da qual era leitor desde os 14 anos.
Sua primeira história foi vendida quando tinha 15 anos, para o renomado escritor, desenhista e editor de quadrinhos francês, Marijac (pseudônimo de Jacques Dumas).
Em 1956, Giraud tinha 18 anos e ainda não estava dedicado somente aos quadrinhos. Ele pretendia trabalhar com ilustrações para publicidade e moda.
A primeira HQ de Giraud, Frank et Jérémie, saiu na revista mensal Far-West, nas edições 10 a 17, distribuídas entre fevereiro e julho de 1956. Outras histórias deste período inicial saíram nos títulos Sitting Bull, Fripounet et Marisette, Âmes Vaillants (Juanita, de 1958) e Coeurs Vaillants.
Sobre o começo de sua carreira, Giraud declarou numa entrevista à agência de notícias AFP, que sempre foi muito ambicioso, e que queria impressionar a todos e ser uma grande artista dos quadrinhos.
Por volta de 1958, quando conheceu o legendário desenhista belga Jijé (pseudônimo de Joseph Gillain), Giraud já havia decidido se dedicar completamente aos quadrinhos, mas seus planos foram interrompidos por alguns anos. Ele morou durante nove meses no México, com sua mãe.
Depois disso, cumpriu o serviço militar primeiro como um Chasseurs (uma espécie de soldado da infantaria francesa) aquartelado com seu batalhão na Alemanha – nesta época, no auge da guerra fria, a França, a Inglaterra e os Estados Unidos possuíam bases e unidades militares instaladas na Alemanha Ocidental.
Em seguida, serviu com sua unidade na Argélia, que na época era uma colônia francesa com um aguerrido movimento de independência. Enquanto estava na Argélia, Giraud colaborou com a revista militar 5/5 Forces Françaises, fazendo ilustrações e algumas raras HQs.
De volta à França, em 1961, Giraud publicou alguns roteiros num fascículo da revista publicitária Bonux Boy. No mesmo ano passou a trabalhar diretamente com Jijé, que o recrutou como seu assistente numa das aventuras de Jerry Spring. Jerry Spring é um personagem de grande relevância tanto para a HQ europeia, quando para Jean Giraud. A série foi criada por Jijé, em 1954, na revista Spirou, e é considerada a primeira história realista dos quadrinhos franco-belgas. Além disso, foi uma forte influência sobre Giraud e um de seus personagens mais famosos, o caubói Blueberry.
La Route de Coronado, a 14ª aventura de Jerry Spring (embora tenha sido publicada originalmente no 11º encadernado da série), foi lançada em 1962, nos números #1192 a #1213 da revista Spirou. O roteiro é de Philippe Gillain e a arte é de Jijé e Giraud, que nesta época já assinava seus trabalhos com o pseudônimo Gir.
Entre 1961 e 1962, Giraud também trabalhou para a editora Hachette, na série em quadrinhos A História da Civilização, ao lado de Jean-Claude Mézières.
O escritor Jean-Michel Charlier estava em busca de um desenhista para ilustrar um faroeste situado em Nevada, nos Estados Unidos. Jijé recusou a oferta, mas recomendou Giraud a Charlier.
Foi assim que nasceu a parceria entre ambos, cujo resultado pôde ser visto em 31 de outubro de 1963, com o lançamento de Fort Navajo, na revista Pilote, a primeira aventura do tenente Mike Donovan, mais conhecido como Blueberry, e cuja aparência – e o nariz quebrado – foi inspirada no ator Jean-Paul Belmondo.
Ele assinou as páginas de Blueberry como Gir, embora seu nome aparecesse por completo na capa dos álbuns. No total a saga de Blueberry tem 28 álbuns. Além disso, Giraud também escreveu os roteiros das histórias de Marshall Blueberry (ilustradas por William Vance e Michel Rouge), A Juventude de Blueberry (com arte de Colin Wilson e Michel Blanc-Dumont) e Mister Blueberry, nos quais ele assina tanto o roteiro quanto a arte.
Paralelamente ao seu trabalho em Blueberry, entre 1963 e 1964, Giraud publicou 21 histórias curtas na revista Hara-Kiri (importante título de humor e sátira, criado por François Cavanna, que antecedeu o jornal Charlie Hebdo), com o pseudônimo com o qual seria mais conhecido, Moebius. das várias histórias desta fase destaca-se L’Homme du XXIe siècle, lançada em maio de 1963, em Hara-Kiri #28.
O nome Moebius foi inspirado na fita (ou tira) de Möbius, espaço topológico descrito pelo matemático alemão August Ferdinand Möbius.
A partir deste ponto, a carreira de Gir/Giraud e Moebius estaria dividida; e o segundo pseudônimo foi reservado para o trabalho mais experimental para as histórias de ficção científica.
Em 1969, Moebius faz algumas ilustrações de ficção científica para Éditions OPTA (Office de Publicité Technique et Artistique). Foi uma das poucas vezes que o pseudônimo foi utilizado pelo artista, entre os anos de 1964 e 1974.
Um dos últimos trabalhos de Giraud para a revista Pilote foi La Deviation, de 1973, uma tira em preto e branco, de sete páginas, assinada como Gir, mostrando uma viagem de férias surreal.
Giraud se desentendeu com os editores da Pilote no mesmo ano e passou a colaborar com a revista l’Écho des Savanes.
No ano de 1974, Moebius desenhou Cauchemar Blanc (que foi adaptado para o cinema por Mathieu Kassovitz, num curta-metragem, em 1991), para l’Écho des Savanes; Le Bandard Fou, para Éditions du Fromage; o clássico O Homem é Bom (L’Homme est-il bon?), em Pilote #744; e a Futurópolis lançou o álbum 30/40, assinado por Gir.
Um ano mais tarde, Jean Giraud, Jean-Pierre Dionnet, Philippe Druillet e Bernard Farkas fundaram a editora Humanoïdes Associés e lançaram a revista Métal Hurlant.
Métal Hurlant é um dos títulos mais importantes da história dos quadrinhos. Foi nas páginas desta revista que Moebius publicou Arzach (cuja grafia do nome varia bastante de história para história: Arzach, Harzak, Harzack, Harzach e Arzak).
Esta aventura, publicada entre 1975 e 1976, foi considerada revolucionária para época e consistia numa série de histórias mudas. O material lhe deu renome internacional e Moebius passou a ser procurado por diversos cineastas.
Não é de se estranhar que a história lhe rendeu o troféu Yellow Kid, do Festival de HQ de Lucca, na Itália, em 1975, como o melhor desenhista estrangeiro. Ele voltaria a ganhar esse prêmio, na mesma categoria, em 1980.
Outras HQs de Moebius publicadas na Métal Hurlant são: A Garagem Hermética (Le Garage Hermétique), em 1979; The Long Tomorrow (com texto de Dan O’Bannon), em 1976; Double Évasion, em 1980; L’univers est bien petit, em 1976; e Citadelle Aveugle, em 1981.
Moebius e Alejandro Jodorowsky se conheceram em 1975. A primeira colaboração de ambos ocorreu no fracassado Duna, de Jodorowsky, uma tentativa de adaptar o livro de Frank Herbert para o cinema, com storyboards de Moebius. O projeto não foi concluído.
Em 1976, Giraud brigou com os editores da Dargaud e a série Blueberry foi suspensa temporariamente. O personagem chegou a ser publicado na revista Super-As e na Métal Hurlant, em 1979.
No mesmo ano, Giraud voltou a colaborar com a Pilote, com Jim Cutlass, uma edição especial escrita por Jean-Michel Charlier.
Jodorowsky e Moebius voltaram a colaborar em 1977, em Os Olhos do Gato (Les Yeux du Chat). A parceria continuaria entre 1980 e 1988, com a publicação das aventuras de John Difool, nos seis álbuns da série O Incal.
Após o término da série, em 1988, Moebius passou o desenho do projeto seguinte, Antes do Incal, para seu aluno, Zoran Janjetov.
Moebius foi eleito o melhor artista francês, no Festival de Angoulême de 1977. Ele voltou a ser homenageado em 1981, recebendo o Grand Prix de Angoulême. Em 1985, recebeu o grand prix de artes gráficas, no mesmo festival.
Em 1983, ele criou HQ publicitária Sur l’Étoile, para a Citroën, que posteriormente foi reprisada e incluída na série O Mundo de Aedena, da editora Casterman, em 1990.
No ano seguinte, Moebius emigrou para Los Angeles, nos Estados Unidos, criou a Éditions Aedena. Sua esposa, na época, Claudine Giraud, fundou a Starwatcher, empresa dedicada à produtos derivados das histórias em quadrinhos.
Nesse período, o artista fez uma parceria com a Marvel Comics, que passou a publicar a maior parte de sua obra no selo Epic Comics. Algumas dessas obras foram lançadas no Brasil, pela Editora Globo.
O material publicado pela Epic rendeu ao artista o Prêmio Harvey, de 1988, na categoria melhor material estrangeiro; e em 1989, pelos seis volumes do Incal.
O Incal também lhe rendeu o Prêmio Eisner em 1989, na categoria melhor série completa.
A “Casa das Ideias” aproveitou a parceria com o artista e lançou vários cartazes de personagens como Homem-Aranha, Justiceiro e Homem de Ferro ilustrados pelo mestre francês.
Paralelamente a estes eventos, em 1985, Moebius viajou ao Japão, para trabalhar no desenho animado Little Nemo (veja mais detalhes abaixo, em Moebius e o Cinema). Foi nesta época que conheceu Hayao Miyazaki, autor da série Nausicaä. Miyazaki relatou numa entrevista que foi fortemente influenciado por Arzach, de Moebius.
Moebius e Geof Darrow colaboraram juntos numa série limitadas de ilustrações publicadas com o nome de Cité Feu, posteriormente lançadas nos Estados Unidos como City of Fire. A dupla se conheceu por volta de 1982, quando Moebius estava trabalhando em Tron. Em 2005, os dois voltaram a colaborar, quando Moebius ilustrou uma capa de Shaolin Cowboy, revista de Geoff Darrow.
Apesar de todos os seus trabalhos, o artista não abandonou seus trabalhos na Europa. Em 1986, escreveu dois roteiros que foram ilustrados por Marc Bati, La Nuit de l’Étoile (volume lançado pela Éditions Aedena) e Altor (lançado pela Dargaud, originalmente com o título Cristal Majeure).
Entre 1988 e 1989, Moebius ilustrou um roteiro de Stan Lee, com o Surfista Prateado. A história Surfista Prateado – Parábola foi originalmente publicada em duas partes pela Epic, em formato comics, em papel jornal e posteriormente reunida num volume único.
Duas histórias originais baseadas nos personagens de A Garagem Hermética foram publicadas neste período: The Elsewhere Prince (lançada no Brasil como O Príncipe de Aliors, pela Globo), com texto de Jean-Marc Lofficier e arte de Eric Shanower, de 1990, com seis edições; e The Onyx Overlord, escrita por Lofficier e ilustrada por Jerry Bingham, com quatro volumes publicados em 1992.
Moebius retornou à Paris, em 1989, e passou a colaborar com a revista À Suivre, com histórias da série Mundo de Aedena – baseada na antiga HQ promocional que havia feito para a Citroën – e Jim Cutlass (esta última ilustrada por Christian Rossi).
Com a morte de Jean-Michel Charlier, em 1989, Giraud assumiu os roteiros de Blueberry. Os volumes de Marshall Blueberry, ilustrados por William Vance (desenhista da série XIII) e Michel Rouge passaram a ser publicados pela Alpen, em 1991, e depois pela Dargaud.
Em 1991, uma colaboração com Paul Chadwick e Charles Vess, na revista Concrete, lhe rendeu mais um Prêmio Eisner, desta vez na categoria de melhor edição. A série Blueberry foi vencedora do prêmio Harvey, de 1991.
Ainda em 1991, a Casterman publicou o livro de entrevistas Moebius Entretiens Avec Numa Sadoul, uma reedição integral do volume anteriormente lançado pela Albin Michel, com o título Mister Moebius e Docteur Gir.
No ano seguinte, Moebius voltaria a colaborar com Jodorowsky, na graphic novel Coeur Couronee, lançada pela Humanoïdes Associés, e que teve continuidade na trilogia La Folle du Sacré-Coeur.
No início da década de 1990, Giraud voltou a se envolver com cinema e animação com os filmes Starwatcher e uma tentativa de adaptar A Garagem Hermética como um longa de animação, que, apesar de grandes esforços, nunca foi concluída.
Em 1994, voltou a escrever Little Nemo, desta vez numa HQ desenhada por Bruno Marchand. No mesmo ano, também escreveu Mr. Mouche, baseado numa ilustração de um portfólio de 1987, em parceria com Coudray.
Outra HQ de 1994 foi Homem de Ciguri (L’Homme de Ciguri), a continuação de Le Garage Hermétique.
O artista voltou a colaborar com Jodorowsky, em 1995, com o álbum Griffes d’Ange.
Seu trabalho seguinte foi uma colaboração no projeto coletivo da Humanoïdes Associés, L’ode a L’X.
Em 1997, ilustrou a versão francesa de O Alquimista, livro do escritor brasileiro, Paulo Coelho.
No mesmo ano, o ilustrador francês foi homenageado com exposições sobre sua obra nas cidades italianas de Palermo e Milão. Em 1998, foi homenageado em Veneza.
A Fundação Cartier lhe rendeu uma homenagem em 1999, com uma bela exposição, fato que se repetiria quase uma década mais tarde.
1999 também foi o ano da publicação da biografia do artista, Moebius-Giraud, histoire de mon double, livro de 214 páginas lançado pela Éditions 1.
A última colaboração entre Moebius e Jodorowsky ocorreu em 2000, com Après l’Incal, livro lançado pela Humanoïdes, em 2001, e cuja história permaneceu inacabada até 2011, quando foi encerrada com texto de Jodorowsky e arte de José Omar Ladrónn.
Ikaru, também de 2000, é uma colaboração entre Moebius e Jiro Taniguchi, com texto do artista francês, publicada originalmente na revista japonesa Morning, pela Kodansha. Esta HQ foi publicada na França, em 2005, com o tíutlo Icare, pela editora Kana.
Thierry Groensteen foi o curador da exposição Trait de Génie Giraud Moebius, sobre a carreira de Moebius realizada entre 26 de janeiro e 3 de setembro de 2000, em Angoulême.
A Casterman publicou em 2001 o álbum Les Réparateurs, reunindo quatro histórias raras e pouco conhecidas de Mundo de Aedena. O volume não é parte oficial da série.
Em 2001, Jean Giroud ilustrou capas para a série Transmetropolitan, de Warren Ellis e Darick Robertson.
Entre 2001 e 2004, ele publicou várias HQs pela editora Stardom, como 40 Days dan le désert B, 2001 aprés Jésus-Christ, La Mémoire de l’âme, Mystère Montrouge e Un an dans la vie – 2001-2002.
Em 2004, ele colaborou com Stéphane Cattaneo, ilustrando o livro Beautiful Life, lançado pela editora Zanpano
Moebius e Miyazaki voltariam a se encontrar, desta vez em Paris, em 2004, por ocasião da exposição Miyazaki Moebius realizada no Musée de la Monnaie de Paris, entre 1º de março de 2004 e 13 de abril de 2005. O sucesso foi tamanho que a exposição foi prorrogada.
Inside Moebius é uma série de volumes biográficos publicados pela Stardom, à partir de 2005, no qual o autor alterna a sua assinatura entre Jean Giraud e Moebius, dependendo da HQ.
O correio francês contratou Jean Giraud, em 2006, para ilustrar uma série de selos com a temática As Férias do Futuro.
O ano de 2007 trouxe uma supresa para os leitores da série XIII, Moebius substituiu temporariamente seu colega William Vance, e ilustrou o álbum La Version Irlandese.
Uma surpresa foi o lançamento de HQ Ballon Bleu, promovida pela Cartier, para promover sua linha de relógios. Dentre os desenhistas do álbum estavam Moebius, Jiro Taniguchi, Jean-Claude Floc’h, Charles Burns, Glen Baxter, François Schuiten e Lorenzo Mattotti.
Ainda no mesmo ano, o canal de TV alemão ARTE exibiu o documentário Moebius Redux, de 68 minutos, dirigido por Hasko Baumann, por ocasião do lançamento do álbum Apaches, de Blueberry, que foi escrito e ilustrado por Giraud.
Em 2008, a Stardom publicou Le Chausseur Deprimée, o terceiro volume de A Garagem Hermética.
Uma das novidades deste ano, foi a inauguração da atração La Citadelle du Vertige, inspirada na obra de Moebius (A Garagem Hermética), no parque temático Futuroscope, na França.
A revista Photo publicou seu tradicional especial de fotógrafos amadores, em 2008, com participação de diversos autores de quadrinhos falando de seus temas prediletos. Moebius escreveu sobre Viagem e Paisagem.
Em 6 de março de 2008, Moebius foi o convidado especial do jornal Le Soir, para ilustrar a edição do dia.
Ainda em 2008, a Cruz Vermelha publicou A História de uma Ideia, uma edição digital que inclui uma HQ de 12 páginas ilustrada por Moebius.
O Museu de Quadrinhos de Kyoto, no Japão, realizou em 2009 uma exposição dedicada ao desenhista francês.
Em novembro de 2009, foi realizada em Paris a exposição Arzak, le retour, celebrando a publicação do novo volume da série Arzak. O livro Arzak – L’Arpenteur foi publicado pela editora Glénat, em 2010, numa parceria com a Moebius Productions. Esta aventura é a última HQ de Moebius e a série permanecerá incompleta.
O ano de 2010 foi marcado pelo o reencontro de Moebius com a Fundação Cartier. A entidade organizou uma das maiores e mais compreensivas exposições realizadas sobre sua obra: Moebius-Transe-Forme, que ficou em cartaz entre 12 de outubro até 13 de março de 2011.
Em 2011, durante a Feira de Antiguidades de Bruxelas, na Bélgica, dois páginas de Arzach, ilustradas por Moebius, foram vendidas por 130 mil euros, num leilão de HQs.
A Humanoïdes Associés lançou, em 2011, o volume Moebius Oeuvres – Les années Métal Hurlant , com 420 páginas e reunindo 46 histórias originalmente publicadas na revista Métal Hurlant. O livro faz parte do projeto de republicação integral da obra do artista.
Esse projeto resultou no lançamento das obras do artista no Brasil, pelas editoras Nemo (com a Coleção Moebius) e strong>Devir (com O Incal).
O governo francês lhe concedeu, em 2011, a insígnia de Cavaleiro da Ordem de Mérito, que lhe foi entregue por Laurent Wauquiez.
A última grande homenagem prestada ao artista antes de sua morte ocorreu em 2011, na 6e Biennale du 9e art de Cherbourg-Octeville. Além do evento de quadrinhos, foi realizada a exposição Moebius Multiple(s) que foi exibida entre 17 de junho até 31 de dezembro daquele ano.
Giraud e o Cinema
O primeiro projeto cinematográfico de Moebius foi a criação de storyboards para a tentativa de Jodorowsky de adaptar Duna, em 1975.Em 1977, Moebius foi contratado por Ridley Scott para criar o visual das roupas e cenários Alien – O Oitavo Passageiro. O design da criatura ficou por conta de Hans Ruedi Giger.
Seu projeto seguinte foi o desenho animado Maîtres du Temps (Mestres do Tempo), de René Laloux. Moebius começou a desenhar os storyboards em 1978. A película foi lançada em 1982. Confira um pedaço abaixo:
O desenho animado Heavy Metal, de 1981, tem sequências criadas por Moebius, no episódio da heroína Taarna, além de ter sido fortemente influenciado pelas histórias de Arzach.
Tron, da Walt Disney Company, de 1982, foi outro filme do qual Moebius participou desenhando storyboards.
Em 1985, Moebius viajou para o Japão, para trabalhar em Tóquio no longa-metragem de animação baseado na HQ Little Nemo, de Winsor McCay. Além de ilustrar cenários e roupas, ele também escreveu parte do roteiro do filme. Little Nemo foi dirigido por Masanori Hata, Misami Hata e William T. Hurtz.
A fracassada versão cinematográfica de He-Man, estrelada por Dolph Lundgren (Mestres do Universo, de 1987), teve direção de Gary Goddard e contou com o traço de Moebius para cenários e storyboards.
Willow, filme de 1988, de Ron Howard, teve uma forte participação de Moebius na criação do visual da película. Infelizmente o trabalho realizado no papel não foi transferido com fidelidade para a telona.
James Cameron contratou Moebius para criar o visual das criaturas de O Segredo do Abismo (The Abyss), de 1989.
A Dark Horse Comics publicou a minissérie The Abyss, em duas partes (com texto de Randy Stradley e arte de Michael Kaluta) no mesmo ano, baseada na película e que incluía como material extra os desenhos e a arte conceitual de Moebius.
Moebius também participou da produção do desenho animado Space Jam, de 1996, dirigido por Joe Pytka.
O Quinto Elemento (Le Cinquième Élément), de 1997, dirigido por Luc Besson, é outra película que contou com a participação de Moebius na criação de cenários e no visual do filme.
Mathieu Kassovitz adaptou para o cinema a HQ Cauchemar Blanc, de Moebius, num curta-metragem lançado em 1991.
Em 2004, foi lançado Blueberry, l’expérience secrète, filme de Jan Kounen, que fracassou nas bilheterias e que foi baseado no faroeste de Charlier e Giraud.
Morte de Gireaud
A repercussão da morte de Giraud foi imediata. Artistas e escritores de vários países prestaram suas homenagens – em blogs, no Twitter e outras redes sociais -, dividindo suas memórias, fotografias e ilustrações.Paulo Coelho postou uma nota em seu blog, dizendo que foi uma honra trabalhar com Moebius na versão ilustrada de O Alquimista.
O desenhista François Boucq, que havia visitado Moebius no hospital há poucos dias, disse a AFP que o artista era um mestre do desenho realista.
O diretor do Festival de Angoulême, Benoit Mouchart, o comparou a grandes nomes da pintura, como Albrecht Durer e Jean-Auguste-Dominique Ingres.
O Ministro da Cultura da França, Fréderic Mitterrand disse que o país havia perdido “dois grandes artistas”, uma referência aos dois nomes que Jean Giraud usava para assinar seus trabalhos.
Neil Gaiman disse que quando trabalhava em Sandman, para sustentar sua família, costumava olhar sem nenhuma inveja a grandes desenhistas e suas obras, mas que pagou o equivalente ao que ele recebia para escrever uma edição de Sandman, sem hesitar, por uma ilustração da Morte feita por Moebius.
Referências:
http://www.universohq.com/quadrinhos/2012/moebius_galeria_imagens.cfm
http://www.publico.pt/Cultura/morreu-jean-giraud-o-autor-que-mais-influenciou-os-criadores-do-seu-tempo-1537413
http://oglobo.globo.com/cultura/morre-desenhista-frances-jean-giraud-moebius-4277225
Garagem Hermética
Bom pela segunda vez estou
postando, pelo menos acho que é a segunda, me lembro de ter feito o
mesmo texto, mas tanto faz. Neste post estarei falando um pouco sobre a
série de quadrinhos Garagem Hermética feita por Moebius, basicamente
alguns ctrl+c e ctrl+v de outros sites com seus devidos links sendo
exibidos para o crédito.
A Garagem Hermética, obra seminal de
Jean Giraud – A.K.A Moebius – é uma gigantesca saga de ficção
científica sem qualquer roteiro ou história pré estabelecida; a trama se
desenvolvia à medida que ele ia desenhando. Considerada sua maior obra,
Garagem Hermética (ou “As Aventuras de Major Grubert” ou “Major Fatal”)
foi uma série que Moebius começou a publicar em 1976 e terminou em
1979. Não tem enredo, nem começo ou fim. Ninguém entendeu coisa alguma,
mas o desenho é tão bom que o mundo dos quadrinistas ficou deslumbrado.
O herói da história é um tal Major
Grubert, que aparece desenhado de maneira diferente a cada capítulo. Não
se explica de onde ele veio, nem onde quer chegar. Aliás, parece que o
próprio Moebius não sabia muito bem o que queria dizer com toda essa
confusão. À maneira dos astros do rock progressivo ele chegou a
declarar, na época, que criou os episódios da série sob inspiração de
LSD e outras ajudas do gênero (substâncias que talvez tenham faltando
para os leitores entenderem a HQ).
Esta obra foi lançada pela editora Globo, segue algumas capas da obra:
Para aqueles que tiverem curiosidade de conhecer os quadrinhos eles estão disponíveis para download no site: http://www.box.net/shared/lcu09cv3cv
Ou caso tenham preguiça ou de erro várias vezes na hora de baixar só me passar o e-mail que eu mando os quadrinhos.
Hoje está sendo lançada uma outra
série em quadrinho também denominada garagem hermética, porém a única
ligação que tem com Moebius é que foi uma obra inspirada em sua arte.
Uma imagem da nova coletânea:
Garagem Hermética
Bom pela segunda vez estou
postando, pelo menos acho que é a segunda, me lembro de ter feito o
mesmo texto, mas tanto faz. Neste post estarei falando um pouco sobre a
série de quadrinhos Garagem Hermética feita por Moebius, basicamente
alguns ctrl+c e ctrl+v de outros sites com seus devidos links sendo
exibidos para o crédito.
A Garagem Hermética, obra seminal de
Jean Giraud – A.K.A Moebius – é uma gigantesca saga de ficção
científica sem qualquer roteiro ou história pré estabelecida; a trama se
desenvolvia à medida que ele ia desenhando. Considerada sua maior obra,
Garagem Hermética (ou “As Aventuras de Major Grubert” ou “Major Fatal”)
foi uma série que Moebius começou a publicar em 1976 e terminou em
1979. Não tem enredo, nem começo ou fim. Ninguém entendeu coisa alguma,
mas o desenho é tão bom que o mundo dos quadrinistas ficou deslumbrado.
O herói da história é um tal Major
Grubert, que aparece desenhado de maneira diferente a cada capítulo. Não
se explica de onde ele veio, nem onde quer chegar. Aliás, parece que o
próprio Moebius não sabia muito bem o que queria dizer com toda essa
confusão. À maneira dos astros do rock progressivo ele chegou a
declarar, na época, que criou os episódios da série sob inspiração de
LSD e outras ajudas do gênero (substâncias que talvez tenham faltando
para os leitores entenderem a HQ).
Esta obra foi lançada pela editora Globo, segue algumas capas da obra:
Para aqueles que tiverem curiosidade de conhecer os quadrinhos eles estão disponíveis para download no site: http://www.box.net/shared/lcu09cv3cv
Ou caso tenham preguiça ou de erro várias vezes na hora de baixar só me passar o e-mail que eu mando os quadrinhos.
Hoje está sendo lançada uma outra
série em quadrinho também denominada garagem hermética, porém a única
ligação que tem com Moebius é que foi uma obra inspirada em sua arte.
Uma imagem da nova coletânea:
13.03.2012
Era uma vez Jean Giraud, chamado Moebius ou Gir
Moebius era um francês que ganhava a vida desenhando quadrinhos de faroeste com um traço tradicional, quando resolveu desenhar ficção científica com um estilo novo e assim se tornou conhecido e admirado no mundo todo.
Se você parar de ler esse texto por aqui já poderá dizer que sabe quem era o influente artista francês que nos deixou no último sábado, 10 de março. Porém eu recomendo que acompanhe até o final e em seguida corra para ler algumas obras do mestre. Aposto que isso o tornará um novo fã, se ainda não o é.
Jean Henri Gaston Giraud, iniciou sua carreira desenhando quadrinhos de western, e tem no personagem Blueberry o ponto alto desta fase. No começo dos anos 1970, influenciado pelos quadrinhos belgas da chamada linha clara, o artista assumiu o pseudônimo de Moebius e passou a desenhar no novo estilo que o consagrou.
Artista ousado, Moebius chegou a desenvolver alguns projetos sem planejamentos, como roteiros ou mesmo esboços. Nesse conjunto temos as histórias que compõem a coletânea, recém lançada no Brasil, Absoluten Caufeutrail (Editora Nemo) e o álbum Garagem Hermética. “Esse método permite mudanças de direção relativamente brutais, podendo o prazer nascido da execução de um desenho levar a uma bifurcação inesperada da história”, diz Moebius comentando o fato de ter executado estas histórias de forma
aleatória, decidindo o rumo dos personagens ao final de cada página desenhada.
Apesar de roteirizar e desenhar grande parte de suas histórias, temos dois escritores que se destacam ao lado do mestre, Alejandro Jodorowsky e Dan O´Bannon. A saga do Incal foi feita com o Judorowsky e o Dan acompanhou Moebius em The Long Tomorrow, uma hq decisiva na sua carreira cinematográfica pois define muitos dos filmes em que o francês trabalhou.
Moebius trabalhou diretamente em Alien, Duna, Tron, Willow, O Segredo do Abismo, O Quinto Elemento entre outros. Foi convidado para trabalhar na equipe de Blade Runner, mas declinou, pois no momento estava envolvido na animação Mestres do Tempo. Mas mesmo assim é muito clara a influência do mestre sobre o filme do Ridley Scott. Em O Quinto Elemento, de Luc Besson, fica muito clara a participação do artista em todo o visual do filme, visual este baseado na sua hq The Long Tomorrow.
Assim como o início de carreira de Jean Giraud foi marcada pela influência do seu mestre Jijé (vide estilo usado na hq Blueberry), a obra do Moebius deixa sua marca em muitos outros artistas dos quadrinhos. Aqui no Brasil podemos citar o Watson Portela, que tem em sua hq Paralelas uma grande
fase dessa influência e, para falar de um da nova geração, temos o Rafael Grampá, que mostra esta influência de forma muito sutil no seu excelente trabalho.
Segunda-feira, 19 de Março de 2012
PARA UMA BIOBIBLIOGRAFIA DE JEAN GIRAUD-MOEBIUS (1938-2012) - PARTE 2 UMA BIBLIOGRAFIA DE JEAN GIRAUD
JERRY SPRING T14: LA ROUTE DE CORONADO, Dupuis, Marcinelle, 1961
Argumento: Philip – Desenhos: Jijé e Jean Giraud
UNE AVENTURE DU LIEUTENANT BLUEBERRY T1: FORT NAVAJO, Dargaud, 1965
Arg.: Jean-Michel Charlier – Des.: Jean Giraud
UNE AVENTURE DU LIEUTENANT BLUEBERRY T2: TONNERRE À L'OUEST, Dargaud, 1966 Arg.: Jean-Michel Charlier – Des.: Jean Giraud
UNE AVENTURE DU LIEUTENANT BLUEBERRY T3: L’AIGLE SOLITAIRE, Dargaud, 1967
Arg.: Jean-Michel Charlier – Des.: Jean Giraud
UNE AVENTURE DU LIEUTENANT BLUEBERRY T4: LE CAVALIER PERDU, Dargaud, 1968 – Arg.: Jean-Michel Charlier – Des.: Jean Giraud
UNE AVENTURE DU LIEUTENANT BLUEBERRY T5: LA PISTE DES NAVAJOS, Dargaud, 1968 – Arg.: Jean-Michel Charlier – Des.: Jean Giraud
UNE AVENTURE DU LIEUTENANT BLUEBERRY T6: L’HOMME À L’ÉTOILE D’ARGENT, Dargaud, 1969 – Arg.: Jean-Michel Charlier – Des.: Jean Giraud
UNE AVENTURE DU LIEUTENANT BLUEBERRY T7: LE CHEVAL DE FER, Dargaud, 1970
Arg.: Jean-Michel Charlier – Des.: Jean Giraud
UNE AVENTURE DU LIEUTENANT BLUEBERRY T8: L'HOMME AU POING D'ACIER, Dargaud, 1970 – Arg.: Jean-Michel Charlier – Des.: Jean Giraud
UNE AVENTURE DU LIEUTENANT BLUEBERRY T9: LA PISTE DES SIOUX, Dargaud, 1971
Arg.: Jean-Michel Charlier – Des.: Jean Giraud
UNE AVENTURE DU LIEUTENANT BLUEBERRY T10: GÉNÉRAL TÊTE JAUNE, Dargaud, 1971 – Arg.: Jean-Michel Charlier – Des.: Jean Giraud
UNE AVENTURE DU LIEUTENANT BLUEBERRY T11: LA MINE DE L'ALLEMAND PERDU, Dargaud, 1972 – Arg.: Jean-Michel Charlier – Des.: Jean Giraud
UNE AVENTURE DU LIEUTENANT BLUEBERRY T12: LE SPECTRE AUX BALLES D'OR, Dargaud, 1972 – Arg.: Jean-Michel Charlier – Des.: Jean Giraud
UNE AVENTURE DU LIEUTENANT BLUEBERRY T13: CHIHUAHUA PEARL, Dargaud, 1973
Arg.: Jean-Michel Charlier – Des.: Jean Giraud
UNE AVENTURE DU LIEUTENANT BLUEBERRY T14: L'HOMME QUI VALAIT 500 000$, Dargaud, 1973 – Arg.: Jean-Michel Charlier – Des.: Jean Giraud
UNE AVENTURE DU LIEUTENANT BLUEBERRY T15: BALLADE POUR UN CERCUEIL, Dargaud, 1974 – Arg.: Jean-Michel Charlier – Des.: Jean Giraud
LE BANDARD FOU, Éditions du Fromage, 1974 – Arg. e Des.: Mœbius
UNE AVENTURE DU LIEUTENANT BLUEBERRY T16: LE HORS-LA-LOI, Dargaud, 1974
Arg.: Jean-Michel Charlier – Des.: Jean Giraud
UNE AVENTURE DU LIEUTENANT BLUEBERRY T17: ANGEL FACE, Dargaud, 1975
Arg.: Jean-Michel Charlier – Des.: Jean Giraud
LA JEUNESSE DE BLUEBERRY T1, Dargaud, 1975
Arg.: Jean-Michel Charlier – Des.: Jean Giraud
ARZACH, Les Humanoïdes Associés, 1976
Arg. e Des.: Mœbius
JOHN WATERCOLOR ET SA REDINGOTE QUI TUE!, Les Humanoïdes Associés, 1976
Arg. e Des.: Mœbius
CAUCHEMAR BLANC, Les Humanoïdes Associés, 1977
Arg. e Des.: Mœbius
L'HOMME EST-IL BON ?, Les Humanoïdes Associés, 1977
Arg. e Des.: Mœbius
LA JEUNESSE DE BLUEBERRY T2: UN YANKEE NOMMÉ BLUEBERRY, Dargaud, 1978
Arg.: Jean-Michel Charlier – Des.: Jean Giraud
LES YEUX DU CHAT, Les Humanoïdes Associés, 1978
Arg.: Alejandro Jodorowsky – Des.: Mœbius
LA JEUNESSE DE BLUEBERRY T3: CAVALIER BLEU, Dargaud, 1979
Arg.: Jean-Michel Charlier – Des.: Jean Giraud
MAJOR FATAL, Les Humanoïdes Associés, junho 1979
Arg. e Des.: Mœbius
JIM CUTLASS T1: MISSISSIPPI RIVER, Les Humanoïdes Associés, colecção «Eldorado», 1979 – Arg.: Jean-Michel Charlier – Des.: Jean Giraud – Cores: Isabelle Beaumenay-Joannet
TUEUR DE MONDE, Les Humanoïdes Associés, 1979
Arg. e Des.: Mœbius – reedição Casterman 1988
UNE AVENTURE DU LIEUTENANT BLUEBERRY T18: NEZ CASSÉ, Dargaud, 1980
Arg.: Jean-Michel Charlier – Des.: Jean Giraud
LA DÉVIATION, Les Humanoïdes Associés, colecção «Métal Hurlant», Paris, 1980
Arg. e Des.: Mœbius
GIR ŒUVRES COMPLÈTES T1: LE LAC DES ÉMERAUDES, Les Humanoïdes Associés, colecção «Métal Hurlant», 1981 – Arg. e Des.: Gir
UNE AVENTURE DE JOHN DIFOOL T1: L’INCAL NOIR, Les Humanoïdes Associés, colecção «Eldorado», maio 1981 – Arg.: Alejandro Jodorowsky – Des.: Mœbius – Cores: Yves Chaland
DOUBLE ÉVASION, Les Humanoïdes Associés, 1981
Arg.: Alejandro Jodorowsky – Des.: Mœbius
UNE AVENTURE DE JOHN DIFOOL T2: L’INCAL LUMIÈRE, Les Humanoïdes Associés, colecção «Eldorado», janeiro 1982 – Arg.: Alejandro Jodorowsky – Des.: Mœbius – Cores: Yves Chaland
LES MAÎTRES DU TEMPS (adaptação em banda desenhada), Les Humanoïdes Associés, colecção «Eldorado», janeiro 1982 – Arg.: René Laloux – Des.: Mœbius
UNE AVENTURE DU LIEUTENANT BLUEBERRY T19: LA LONGUE MARCHE, Fleurus, 1982 – Arg.: Jean-Michel Charlier – Des.: Jean Giraud
LIEUTENANT BLUEBERRY T20: LA TRIBU FANTÔME, Hachette, 1982
Arg.: Jean-Michel Charlier – Des.: Jean Giraud
MŒBIUS ŒUVRES COMPLÈTES T4: LA COMPLAINTE DE L’HOMME PROGRAMME, Les Humanoïdes Associés, colecção «Métal Hurlant», 1982 – Arg. e Des.: Mœbius
LIEUTENANT BLUEBERRY T21: LA DERNIÈRE CARTE, Hachette, 1983
Arg.: Jean-Michel Charlier – Des.: Jean Giraud – Cores: Fraisic Marot
ENQUÊTES DE LORD DARCY T1: TOUS DES MAGICIENS!, Temps Futurs, colecção «Space Fiction», março 1983 – Arg.: Randall Garrett – Des.: Mœbius
GIR ŒUVRES COMPLÈTES T2: LE TIREUR SOLITAIRE, Les Humanoïdes Associés, colecção «Métal Hurlant», 1983 – Arg. e Des.: Gir
UNE AVENTURE DE JOHN DIFOOL T3: CE QUI EST EN BAS, Les Humanoïdes Associés, colecção «Eldorado», setembro 1983 – Arg.: Alejandro Jodorowsky – Des.: Mœbius – Cores: Isabelle Beaumenay-Joannet
ENQUÊTES DE LORD DARCY T2: C’EST DANS LES YEUX, Temps Futurs, colecção «Space Fiction», setembro 1983 – Arg.: Randall Garrett – Des.: Mœbius
LE MONDE D'EDENA T1: SUR L’ÉTOILE, Les Humanoïdes Associés, colecção «Eldorado», dezembro 1983 – Arg. e Des.: Mœbius
MŒBIUS ŒUVRES COMPLÈTES T5: LE DÉSINTÉGRÉ RÉINTÉGRÉ, Les Humanoïdes Associés, colecção «Métal Hurlant»,1984 – Arg. e Des.: Mœbius
UNE AVENTURE DE JOHN DIFOOL T4: CE QUI EST EN HAUT, Les Humanoïdes Associés, colecção «Eldorado», junho 1985 – Arg.: Alejandro Jodorowsky – Des.: Mœbius
LIEUTENANT BLUEBERRY T22: LE BOUT DE LA PISTE, Novedi, 1986
Arg.: Jean-Michel Charlier – Des.: Jean Giraud – Cores: Janet Gale
ALTOR T1: LE CRISTAL MAJEUR, Dargaud, 1986
Arg.: Jean Giraud – Des.: Marc Bati
LA NUIT DE L’ÉTOILE, Aedena, 1986
Arg. e Cores: Marc Bati – Des.: Mœbius
UNE AVENTURE DE JOHN DIFOOL T5: LA CINQUIÈME ESSENCE, PREMIÈRE PARTIE : GALAXIE QUI SONGE, Les Humanoïdes Associés, colecção «Eldorado», janeiro 1988
Arg.: Alejandro Jodorowsky – Des.: Mœbius – Cores: Zoran Janjetov
ALTOR T2: SUR L’ÎLE DE LA LICORNE, Dargaud, 1988
Arg.: Jean Giraud – Des.: Marc Bati
UNE AVENTURE DE JOHN DIFOOL T6: LA CINQUIÈME ESSENCE, DEUXIÈME PARTIE: LA PLANÈTE DIFOOL, Les Humanoïdes Associés, colecção « Eldorado », junho 1988
Arg.: Alejandro Jodorowsky – Des.: Mœbius – Cores: Zoran Janjetov
LE MONDE D'EDENA T2 : LES JARDINS D’EDENA, Casterman, setembro 1988
Arg. e Des.: Mœbius
ESCALE SUR PHARAGONESCIA, Les Humanoïdes Associés, colecção « Pied jaloux », Paris, 1989 – Arg. e Des.: Mœbius
THE LONG TOMORROW, Les Humanoïdes Associés, colecção «Pied jaloux», Paris, 1989
Arg.: Mœbius e Dan O'Bannon – Des.: Mœbius
LA CITADELLE AVEUGLE, Les Humanoïdes Associés, colecção «Pied jaloux», Paris, 1989
Arg. e Des.: Mœbius
L'INCAL HORS-SÉRIE: LES MYSTÈRES DE L'INCAL, Les Humanoïdes Associés, novembro 1989 – Arg.: Alejandro Jodorowsky et Jean Annestay – Des.: Mœbius
SURFER D'ARGENT: PARABOLE, Casterman, 1990
Arg.: Stan Lee – Des.: Mœbius – Cores: Mark Chiarello
BLUEBERRY T23: ARIZONA LOVE, Alpen Publishers, 1990
Arg.: Jean-Michel Charlier et Jean Giraud – Des.: Jean Giraud – Cores: Florence Breton
LES VACANCES DU MAJOR, Les Humanoïdes Associés, colecção «Pied jaloux», junho 1990 – Arg. e Des.: Mœbius – Cores: Geneviève Penloup, Florence Breton
LE MONDE DU GARAGE HERMÉTIQUE T1: LE PRINCE IMPENSABLE, Les Humanoïdes Associés, agosto 1990 – Arg.: Jean-Marc Lofficier et Mœbius – Des.: Eric Shanower – Cores: Florence Lliboutry
LE MONDE D'EDENA T3: LA DÉESSE, Casterman, setembro 1990
Arg. e Des.: Mœbius – Cores : Florence Breton
LE MONDE DU GARAGE HERMÉTIQUE T2: LES QUATRE ROYAUMES, Les Humanoïdes Associés, novembro 1990 – Arg.: Jean-Marc Lofficier et Mœbius – Des.: Eric Shanower – Cores: Florence Lliboutry
ALTOR T3: LE SECRET D’AURELYS, Dargaud, 1990
Arg.: Jean Giraud – Des.: Marc Bati
MARSHALL BLUEBERRY T1: SUR ORDRE DE WASHINGTON, Alpen Publishers, 1991
Arg.: Jean Giraud – Des.: William Vance – Cores : Petra
LE MONDE DU GARAGE HERMÉTIQUE T3: LE RETOUR DU JOUK, Les Humanoïdes Associés, março 1991 – Arg.: Jean-Marc Lofficier e Mœbius – Des.: Eric Shanower – Cores: Florence Lliboutry
JIM CUTLASS T2: L’HOMME DE LA NOUVELLE-ORLÉANS, Casterman, 1991
Arg.: Jean-Michel Charlier e Jean Giraud – Des.: Christian Rossi
LE MONDE DU GARAGE HERMÉTIQUE T4: LES TERRES ALÉATOIRES, Les Humanoïdes Associés, fevereiro 1992 – Arg.: Jean-Marc Lofficier e Mœbius – Des.: Jerry Bingham – Cores : Marc Elfassy
ALTOR T4: LES IMMORTELS DE SHINKARA, Dargaud, 1992
Arg.: Mœbius – Des.: Marc Bati
LE MONDE DU GARAGE HERMÉTIQUE T5: LE SEIGNEUR D’ONYX, Les Humanoïdes Associés, outubro 1992 – Arg.: Jean-Marc Lofficier e Mœbius – Des.: Jerry Bingham – Cores: Thierry Thibouret
LE CŒUR COURONNÉ T1: LA FOLLE DU SACRÉ-CŒUR, Les Humanoïdes Associés, novembro 1992 – Arg.: Alejandro Jodorowsky – Des.: Mœbius
MARSHALL BLUEBERRY T2: MISSION SHERMAN, Alpen Publishers, 1993
Arg.: Jean Giraud – Des.: William Vance – Cores: Petra
JIM CUTLASS T3: L’ALLIGATOR BLANC, Casterman, 1993
Arg.: Jean Giraud – Des.: Christian Rossi
LE CŒUR COURONNÉ T2: LE PIÈGE DE L’IRRATIONNEL, Les Humanoïdes Associés, novembro 1993 – Arg.: Alejandro Jodorowsky – Des.: Mœbius
LITTLE NEMO T1: LE BON ROI, Casterman, 1994
Arg.: Mœbius – Des.: Bruno Marchand
LE MONDE D'EDENA T4: STEL, Casterman, avril 1994
Arg. e Des.: Mœbius
GRIFFES D'ANGE, Les Humanoïdes Associés, novembro 1994
Arg.: Alejandro Jodorowsky – Des.: Mœbius
LITTLE NEMO T2: LE MAUVAIS ROI, Casterman, 1995
Arg.: Mœbius – Des.: Bruno Marchand
MAJOR FATAL T2: L’HOMME DU CIGURI, Les Humanoïdes Associés, novembro 1995
Arg. e Des.: Mœbius – Cores: Claudine Pinet
MISTER BLUEBERRY T1: MISTER BLUEBERRY, Dargaud, 1995
Arg. e Des.: Jean Giraud – Cores: Florence Breton
JIM CUTLASS T4 : TONNERRE AU SUD, Casterman, 1995
Arg.: Jean Giraud – Des.: Christian Rossi
MISTER BLUEBERRY T2: OMBRES SUR TOMBSTONE, Dargaud, 1997
Arg. e Des.: Jean Giraud – Cores: Florence Breton
JIM CUTLASS T5: JUSQU’AU COU!, Casterman, 1997
Arg.: Jean Giraud – Des.: Christian Rossi
JIM CUTLASS T6: COLTS, FANTÔMES ET ZOMBIES, Casterman, 1998
Arg.: Jean Giraud – Des.: Christian Rossi
LE CŒUR COURONNÉ T3: LE FOU DE LA SORBONNE, Les Humanoïdes Associés, novembro 1998 – Arg.: Alejandro Jodorowsky – Des.: Mœbius
MISTER BLUEBERRY T3: GÉRONIMO L’APACHE, Dargaud, 1999
Arg. e Des.: Jean Giraud – Cores: Florence Breton
JIM CUTLASS T7: NUIT NOIRE, Casterman, 1999
Arg.: Jean Giraud – Des.: Christian Rossi
MARSHALL BLUEBERRY T3: FRONTIÈRE SANGLANTE, Dargaud, 2000
Arg.: Jean Giraud – Des.: Michel Rouge – Cores: Scarlett Smulkowski
APRÈS L'INCAL T1: LE NOUVEAU RÊVE, Les Humanoïdes Associés, novembro 2000
Arg.: Alejandro Jodorowsky – Des.: Mœbius – Cores: Studio Beltran
LE MONDE D'EDENA T5: SRA, Casterman, setembro 2001
Arg. e Des.: Mœbius – Cores: Claire Champeval
LE MONDE D'EDENA HORS-SÉRIE: LES RÉPARATEURS, Casterman, setembro 2001
Arg. e Des.: Mœbius
MISTER BLUEBERRY T4: OK CORRAL, Dargaud, 2003
Arg. e Des.: Jean Giraud – Cores: Claire Champeval e Jean Giraud
ALTOR T7: LES AVENTURIERS DU TROU BLANC, Dargaud, 2003
Arg.: Mœbius – Des.: Marc Bati
INSIDE MŒBIUS T1, Stardom, 2004
Arg. e Des.: Mœbius
MISTER BLUEBERRY T5: DUST, Dargaud, 2005
Arg. e Des.: Jean Giraud – Cores: Jean Giraud e Scarlett Smulkowski
ICARE, Kana, 2005
Arg.: Mœbius – Des.: Jirō Taniguchi
INSIDE MŒBIUS T2, Stardom, 2006
Arg. e Des.: Mœbius
MISTER BLUEBERRY HORS-SÉRIE: APACHES, Dargaud, 2007
Arg. e Des.: Jean Giraud – Cores : Florence Breton
INSIDE MŒBIUS T3, Stardom, 2007
Arg. e Des.: Mœbius
XIII T18: LA VERSION IRLANDAISE, Dargaud, octobre 2007
Arg.: Jean Van Hamme – Des.: Jean Giraud – Cores: Claire Champeval e Jean Giraud
HISTOIRE D’UNE IDÉE, Comité international de la Croix-Rouge, 2007
Arg. e Des.: Mœbius
INSIDE MŒBIUS T4, Stardom, 2008
Arg. e Des.: Mœbius
MAJOR FATAL: LE CHASSEUR DÉPRIME, Stardom, 18 abril 2008
Arg. e Des.: Mœbius
INSIDE MŒBIUS T5, Stardom, 2008
Arg. e Des.: Mœbius
ARZAK: DESTINATION TASSILI, Moebius Productions, 2010
Arg. e Des.: Mœbius
INSIDE MŒBIUS T6, Moebius Productions, 2010
Arg. e Des.: Mœbius
ARZAK: L’ARPENTEUR, Moebius Productions Glenat, 2010
Arg. e Des.: Mœbius
LA FAUNE DE MARS :, Moebius Productions, 2011
Arg. e Des.: Mœbius
LE MAJOR, Moebius Productions, 2011
Arg. e Des.: Mœbius
ZAZA ET MOEB AIMENT CHERBOURG, Moebius Productions, 2011
Arg. e Des.: Mœbius
EM PORTUGAL, A OBRA DE JEAN GIRAUD ESTÁ EDITADA ATRAVÉS DE ÁLBUNS E REVISTAS.
ALTOR (os 4 primeiros episódios em álbum das edições ASA)
BLUEBERRY (toda a obra editada em álbum das edições Íbis, Meribérica, Correio da Manhã, Público - ASA e pelas revistas Tintin, Flecha 2000, Jornal da BD e Selecções BD e pelo suplemento Flecha 2000 do jornal Diário Popular)
A JUVENTUDE DE BLUEBERRY (os 7 primeiros episódios em álbum da Meribérica e pelo suplemento BDN do Diário de Notícias)
MARSHALL BLUEBERRY (toda a obra editada em álbuns da Meribérica)
JIM CUTLASS (o primeiro episódio em álbum da Futura e numa reedição da ASA)
O INCAL (obra completa com álbuns da Futura e da Meribérica e pela revista Jornal da BD)
DEPOIS DO INCAL (editado o primeiro episódio em álbum pela Meribérica)
LITTLE NEMO (os dois primeiros episódios em álbum da Meribérica)
MAJOR FATAL (obra completa em álbuns da Meribérica)
O MUNDO DE EDENA (obra completa em álbuns da Meribérica e da ASA e da revista Selecções BD)
ARZACH (ARZACH), Mœbius – Jornal da BD #137 a #140; Álbum ASA (2003)
A GARAGEM HERMÉTICA (LE GARAGE HERMÉTIQUE DE JERRY CORNÉLIUS), Mœbius – Jornal da BD #137 a #140; Álbum ASA
A GARAGEM HERMÉTICA (LE GARAGE HERMÉTIQUE DE JERRY CORNÉLIUS), Mœbius – Álbum Meribérica (2 volumes); Álbum Correio da Manhã
THE LONG TOMORROW, Mœbius , O'Bannon – O Mosquito (5ª série) #3 a #4; Álbum Correio da Manhã
KTULU (KTULU), Mœbius – O Mosquito (5ª série) #10
ESCALA EM PHARAGONESCIA (ESCALE SUR PHARAGONESCIA), Mœbius – Álbum Meribérica
A NOITE DA ESTRELA (LA NUIT DE L'ÉTOILE), Mœbius , Bati – O Mosquito (5ª série) #7 a #10
SOBRE A ESTRELA, UM CRUZEIRO CITROEN (SUR L'ÉTOILE, UNE CROISIÈRE CITROËN), Mœbius – Jornal da BD #121 a #128
O TRIUNFO DOS PORCOS (LA FERME DE ANIMAUX), Bati, Giraud – Selecções BD (1ª série) #26 a #28, Álbum Asa (1985)
CIDADELA CEGA (LA CITADELLE AVEUGLE), Mœbius – Álbum Meribérica; O Mosquito (5ª série) #11; Álbum Correio da Manhã
O HOMEM DO CIGURI (L'HOMME DE CIGURI), Mœbius – Álbum Meribérica
DUPLA EVASÃO (DOUBLE EVASION), Mœbius – O Mosquito (5ª série) #11
BALADA (BALADE), Mœbius – Jornal da BD #143 a #144
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Um surrealismo à la Salvador Dali misturado com ficção científica e influência da arte italiana clássica (apesar dele ser francês). Algo único.
Pena que exista tão pouco material dele publicado por aqui.
a propósito , excelente postagem.
Moebius é um gênio. Falar de Rob Liefeld chega a ser sacanagem, ele é ridículo.
Mas Moebius comanda!
Parabéns pelo Blog coisas interessantes aki!!!
Além do mais, concordo com Pedro quanto à inspiração a Star Wars. Se um não influenciou o outro, houve uma grande coincidência!
Bom texto!
Ao gosto.
Um minuto olhando para a arte dele é uma vida que passa por sua imaginação.
Parabéns pelo post, ótimas considerações.
Muito boa a arte dele.
E há algum tempo atrás, eu achei um tumblr dedicado à mostrar obras dele.
http://theairtightgarage.tumblr.com/
Tem muita coisa boa.
"Um minuto olhando para a arte dele é uma vida que passa por sua imaginação."
É exatamente isso!
Sério mesmo, leiam INCAL, é uma obra-prima! re-lançada pela Devir faz pouco tempo, ainda se acha em diversas livrarias. É um primor!
Belo post Pedro!
Suas colaborações são muito aguardadas por aqui.
Abração
Moebius tem realmente este poder produzir universos fantásticos e o faz de maneira extremamente convincente, de um modo que não conseguimos deixar de viajar junto com ele…
Belas ilustrações.
Texto excelente!