terça-feira, 28 de dezembro de 2010
Movimentos do Polegar
Nem tudo se aprende na escola . . .
Ao longo de nossa vida profissional, aprendemos diversas técnicas de tratamento e manobras semiológicas, sendo que muitas delas não são descritas em livros e nem em artigos científicos. Porém não se tratam de conhecimentos ocultos ou apócrifos, mas sim de alguns macetes nascidos da experiência prática de colegas e professores, e que podem ser bastante úteis em nosso dia a dia. Hoje vou compartilhar um destes macetes que aprendi na época em que fui estagiário de um grande Hospital Universitário do Rio de Janeiro.
. . . Certo dia ao acompanhar a visita dos médicos residentes a enfermaria de ortopedia, tive a oportunidade de ver a avaliação de um paciente internado devido a um acidente com vidro estilhaçado. Se não me falha a memória, parece que o sujeito, por alguma razão, decidiu desferir um soco contra uma janela de vidro, o que lhe causou lesões de vasos e nervos. O mais bizarro disso tudo é que este tipo de “acidente” é mais comum do que eu costumava imaginar na época. Já tive a chance de atender outros dois “acidentes” bem parecidos, o que me faz lembrar as palavras de minha falecida avozinha que repetia a mesma frase sempre que assistia a algo de insólito na TV: “- Deus botou limite na inteligência das pessoas, mas não na burrice.”
Mas chega de lembranças de família, voltemos ao assunto.
Lembro-me que o paciente estava internado recuperando-se da microcirurgia de reparação e estava com o braço completamente engessado, sendo que a imobilização se estendia da axila até a mão. A única parte do braço livre do gesso era o polegar, mais ou menos como a figura abaixo.O ortopedista que liderava a visita (que era um professor velhinho de cabelos brancos) se deteve por alguns momentos à beira do leito, e aproveitou aquele caso para ensinar um macete semiológico para avaliar, baseado apenas nos movimentos do polegar, a integridade dos 3 principais nervos do plexo braquial. Este macete já me foi útil algumas vezes, porém nunca o encontrei descrito em nenhum livro ou artigo científico. Decidi então fazer uma pesquisa mais minuciosa e compartilhar este conhecimento no blog.
MOVIMENTOS DO POLEGAR
Parte importante do sucesso evolutivo do ser humano deve-se ao fato do nosso polegar ser capaz de realizar oposição aos demais dedos da mão. Graças a esta característica, somos capazes de manusear objetos e criar ferramentas. Sendo assim, vamos aproveitar o tema e relembrar um pouco dos movimentos do polegar. Segundo o livro Provas de Função Muscular (Daniels & Worthingham), os movimentos do polegar são os ilustrados abaixo:
Ao longo de nossa vida profissional, aprendemos diversas técnicas de tratamento e manobras semiológicas, sendo que muitas delas não são descritas em livros e nem em artigos científicos. Porém não se tratam de conhecimentos ocultos ou apócrifos, mas sim de alguns macetes nascidos da experiência prática de colegas e professores, e que podem ser bastante úteis em nosso dia a dia. Hoje vou compartilhar um destes macetes que aprendi na época em que fui estagiário de um grande Hospital Universitário do Rio de Janeiro.
. . . Certo dia ao acompanhar a visita dos médicos residentes a enfermaria de ortopedia, tive a oportunidade de ver a avaliação de um paciente internado devido a um acidente com vidro estilhaçado. Se não me falha a memória, parece que o sujeito, por alguma razão, decidiu desferir um soco contra uma janela de vidro, o que lhe causou lesões de vasos e nervos. O mais bizarro disso tudo é que este tipo de “acidente” é mais comum do que eu costumava imaginar na época. Já tive a chance de atender outros dois “acidentes” bem parecidos, o que me faz lembrar as palavras de minha falecida avozinha que repetia a mesma frase sempre que assistia a algo de insólito na TV: “- Deus botou limite na inteligência das pessoas, mas não na burrice.”
Mas chega de lembranças de família, voltemos ao assunto.
Lembro-me que o paciente estava internado recuperando-se da microcirurgia de reparação e estava com o braço completamente engessado, sendo que a imobilização se estendia da axila até a mão. A única parte do braço livre do gesso era o polegar, mais ou menos como a figura abaixo.O ortopedista que liderava a visita (que era um professor velhinho de cabelos brancos) se deteve por alguns momentos à beira do leito, e aproveitou aquele caso para ensinar um macete semiológico para avaliar, baseado apenas nos movimentos do polegar, a integridade dos 3 principais nervos do plexo braquial. Este macete já me foi útil algumas vezes, porém nunca o encontrei descrito em nenhum livro ou artigo científico. Decidi então fazer uma pesquisa mais minuciosa e compartilhar este conhecimento no blog.
MOVIMENTOS DO POLEGAR
Parte importante do sucesso evolutivo do ser humano deve-se ao fato do nosso polegar ser capaz de realizar oposição aos demais dedos da mão. Graças a esta característica, somos capazes de manusear objetos e criar ferramentas. Sendo assim, vamos aproveitar o tema e relembrar um pouco dos movimentos do polegar. Segundo o livro Provas de Função Muscular (Daniels & Worthingham), os movimentos do polegar são os ilustrados abaixo:
Porém, vamos nos concentrar apenas em três movimentos bem específicos:
[1] Abdução no plano da mão,
[2] Abdução de 90 graus em relação ao plano da mão, e
[3] Oposição.
Lesões nos 3 principais nervos do membro superior (Ulnar, Mediano e Radial) podem vir a causar a perda de movimentos específicos do polegar. E a avaliação destes movimentos pode dar pista deste comprometimento em um paciente onde não seja possível avaliar a sensibilidade nem a motricidade da mão e antebraço como no caso do sujeito que está todo engessado.
Lesão do Nervo Ulnar
O nervo ulnar inerva o músculo adutor do polegar. Um teste rápido utilizando apenas o movimento do polegar para avaliar um possível comprometimento do nervo ulnar seria pedir ao paciente para deixar o polegar alinhado aos outros dedos, como na figura abaixo
Neste caso, vale também observar se o paciente não faz o sinal ou teste de Froment (mais um daqueles testes ortopédicos obscuros que ninguém conhece). Neste teste, o paciente é solicitado a segurar uma folha de papel utilizando somente o movimento da articulação metacarpofalangena do polegar (exatamente como na figura acima), se para compensar a falta de força, o paciente dobrar a ponta do polegar (utilizando a articulação interfalangeana), caracteriza a fraqueza do adutor do polegar , o que pode ser indício de lesão do nervo ulnar.
Existe um video do youtube demonstrando este teste. O link foi gentilmente enviado por concurso e fisioterapia (MUCHAS GRACIAS!)
Lesão do Nervo Mediano
Pode causar paralisia do músculo oponente do polegar, o qual vai obviamente influenciar o movimento de oponência. Para a testagem clássica, solicita-se ao paciente que mantenha a mão sobre a mesa, com a palma da mão para cima e pede-se que o polegar aponte em direção ao teto, e testa-se a força muscular como na figura abaixo.
Porém no caso de um paciente engessado, pede-se apenas que ele faça a oponência, tanto quanto possível. Lesão do Nervo Radial
O Nervo radial inerva os músculos extensor curto e longo do polegar (os mesmos da tendinite de de Quervain) e pode ser testado pedindo ao paciente fazer abdução no plano dos dedos, ou simplesmente fazendo "joinha" com o polegar.
Estes testes não são 100% exatos. Mas podem ser utilizados para o acompanhamento da recuperação do paciente. Obviamente estes testes só devem ser utilizados em pacientes onde só seja possível avaliar os movimentos do polegar, pois a avaliação completa da sensibilidade e da motricidade é muito mais confiável do que estes testes.
Bom, espero que este tipo de informação seja útil.
Abraços e Feliz Ano Novo
No Youtube 6: Fisioterapia ajuda a prevenção da Osteoporose Feminina
Desta vez, o destaque do nosso canal do Youtube vem com um video sobre uma reportagem da Fisioterapia na Osteoporose feminina. A osteoporose é uma Doença Osteometabólica, caracterizada por diminuição progressiva da massa óssea, com modificações na arquitetura trabecular, levando à diminuição da resistência óssea e a um maior risco de fraturas, em presença de traumas de baixa energia ou menor impacto.
O objetivo da fisioterapia não é tanto favorecer a aquisição de massa óssea, mas promover a melhora no equilíbrio, força muscular, coordenação e condicionamento físico, na amplitude de movimento, diminuição da dor, visando sempre prevenção de quedas e consequentemente risco de fraturas. O exercícios que podem ser realizados por indivíduos osteoporóticos são: caminhadas por 50 minutos cinco vezes na semana; atividades que envolvam equilíbrio e coordenação; exercícios que envolvam situação de peso; atividades que envolvam a extensão da coluna. Alguns exercícios devem ser evitados como, por exemplo: aeróbica de alto impacto, corrida e salto, uma vez que aumentam o risco de fraturas vertebrais por causa da fragilidade das vértebras; flexão da coluna, porque aumentam as forças de compressão na coluna, aumentam o risco de colapsos vertebrais; atividades que envolvam risco de quedas como: step, caminhada em terrenos irregulares, etc.; movimentos resistidos de fechamento e abertura de quadril, pois nesses movimentos aumenta-se a chance de fraturas proximais do fêmur.
Vamos ver esse video:
https://www.youtube.com/watch?v=_kAnAZyuuIg
E não esqueça de se inscrever no nosso canal do Youtube: http://www.youtube.com/facafisioterapia
Aplicativos de fisioterapia para celulares e tablets
Saudações Fisionautas !!!
De
uns tempos para cá, graças aos pedidos da minha filha de 9 anos para
baixar joguinhos no tablet, comecei a me interessar pelo fascinante
mundo dos aplicativos de celular. Além dos jogos infantis, comecei a
experimentar e usar alguns aplicativos de celular para fisioterapeutas.
A
postagem de hoje é sobre os resultados de uma pequena pesquisa de campo
sobre os aplicativos de celular para fisioterapia. Na verdade é mais
resultado de um bate-papo informal do
que propriamente uma pesquisa de campo. Conversei com alguns amigos e
amigas a
respeito do uso destes aplicativos de fisioterapia, e cheguei a três
conclusões interessantes:
#1- Mulheres utilizam mais este tipo de tecnologia do que homens.
#2-A
esmagadora maioria dos fisioterapeutas que conheço não utilizam
aplicativos de celular de fisioterapia e não se mostra interessados por
apps de fisioterapia (muito embora tenham whatsapp, facebook e o jogo do
Pou instalados no celular).
#3- Da
galera
que tem apps de fisioterapia instalado sem seus celulares, a maior
parte
é composta por discípulos do Julius (o pai do Cris). Digo isso pois
quase todo mundo só instala aplicativos se (e somente se) forem
gratuitos.
Muita
gente ainda não se deu conta que aplicativos de celulares podem ser
úteis não apenas como forma de facilitar o nosso trabalho, mas também
como fonte de estudos.
Pelo fato dos Smartphones e tablets caberem literalmente na palma da mão, eles se tornaram uma valiosa ferramenta para os fisioterapeutas que queiram investir em um diferencial na sua interação com os pacientes.
Abaixo eu
fiz um apanhado de alguns aplicativos para fisioterapeutas que utilizam o
sistema Android. Essa lista é baseada nos apps que uso e nos apps utilizados
pelas pessoas com quem conversei. Todos os aplicativos estão disponíveis no
Google Play (existem versões de alguns destes programas para IOS).
FISIOTERAPIA & PESQUISA (Play Store / Itunes - gratuito)
Este
aplicativo faz o download de alguns números da revista
Fisioterapia & Pesquisa. São artigos científicos em português (ajuda
bastante, né?). Gostei muito deste aplicativo, pois depois de baixados,
as revistas ficam armazenadas na memoria do celular e você não precisa
de acesso à internet para lê-los. Ideal para ler no metrô ou quando
estiver viajando de carona .
De fato, é um programa simples, eficaz e que cumpre o que promete. Infelizmente é o único do seu tipo em português, bem que outras revistas nacionais poderiam seguir esta iniciativa.
De fato, é um programa simples, eficaz e que cumpre o que promete. Infelizmente é o único do seu tipo em português, bem que outras revistas nacionais poderiam seguir esta iniciativa.
TESTES ORTOPEDICOS (playstore – gratuito)
Neste
aplicativo, você tem a descrição de alguns dos principais testes
ortopédicos de ombro, cotovelo, punho e mão, coluna cervical, coluna
lombar, quadril, joelho e tornozelo.
Bem legal para aprender ou relembrar dos testes. Uma funcionalidade interessante é a possibilidade de assistir o “como se faz” de 9 testes via youtube (precisa de acesso a internet para assistir).
FISIOTAB (Play Store)
Este
aplicativo é pago (R$6,50), vale cada centavo pois é extremamente útil.
Posso falar em primeira pessoa, pois os desenvolvedores deste programa
gentilmente me cederam uma versão para avaliação. Trata-se de um
programa desenvolvido para quem atende pacientes em domicílio. Com ele
você tem como registrar a agenda de compromissos, os pagamentos a
receber, e o mais importante: dados clínicos dos pacientes, com direito a
arquivo fotográfico frontal, lateral e posterior e mapa dos
dermátomos.
ABG BASICS (Play Store)
Este
aplicativo, em inglês, permite a interpretação do resultado de gasometria
arterial e venosa (uma triste limitação é que ele só analisa com base no pH, PCO2
e HCO3-), uma vantagem é que ele tem um pequeno quiz sobre interpretação de
gasometrias. Legalzinho para um app gratuito.
ABG CALCULATOR (play Store)
Outro
programa sobre avaliação de gasometria arterial. O layout é bem simples e
intuitivo, mas também está em inglês.
Este programa lhe permite informar o pH, PCO2, Na, Bicarbonato, Cl -, HCO3 e retorna
informando qual ou quais os distúrbios eletrolíticos mais prováveis de estarem acontecendo.
FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA (Play Store, ITunes)
Este
é outro aplicativo que eu uso e que vale cada centavo investido
(merreca, apenas R$2,50 Dilmas) e é basicamente uma
calculadora para a galera que trabalha com fisioterapia respiratória.
Este programa te ajuda a calcular diversos parâmetros tais como
Constante de
Tempo, Volume Minuto Ideal, Resistência de Vias Aéreas, Complascência
Estática
e Dinâmica, PAO2 Idade, entre outros.
Ideal para quem atua em terapia intensiva
Ideal para quem atua em terapia intensiva
KINESIOLOGY TAPE (Play Store)
Outro app
gratuito na mesma linha do TESTES ORTOPÉDICOS. Com este aplicativo vc tem
algumas informações básicas sobre o Kinesiology tape (genérico do kinesio
tape), porém com este aplicativo você acessa uma relação de vídeos do youtube
que demonstram a técnica de aplicação desta bandagem. Na versão gratuita você
só tem a relação de vídeos sobre regras gerais de aplicação e uma coletânea de
vídeos demonstrando a aplicação em tornozelo e pé.
PHYSIO
EXERCISES (Play Store ITunes)
Este
aplicativo
também é gratuito. Com ele você consegue baixar uma seleção de
exercícios terapêuticos para pacientes neurológicos. Este aplicativo
conecta seu
telefone com o site https://www.physiotherapyexercises.com/ (eu já
fiz uma postagem sobre o site para ler, clique =>AQUI<=)
Com este
aplicativo você tem acesso a 950 exercícios e 21 videos. Porém o mais
interessante é a interface de busca pelo exercício. Você pode preencher até
sete critérios: (1) O nível da lesão, ou se é AVE ou atraso motor, (2) Tipo de
exercício - repiratório, fitness, equilíbrio, etc..., (3) Parte do corpo,
(4)Equipamento - halteres, theraband, etc... (5) nível de dificuldade (6) faixa
etária, e (7) se a ilustração mostra o exercício para o dimídio direito ou
esquerdo.
O único
inconveniente é que não existe versão em português.
ANATOMY
NINJA LOWER LIMBS (Play Store e ITunes)
Anatomy Ninja
acontece!!!!
Nada além de um passa tempo, daqueles bem chicletes. Como é gratuito, vale a pena baixar principalmente se você precisa estudar ou relembrar a anatomia dos membros inferiores.
Este app está em inglês e só tem desafios de membros inferiores e pelve.
Nada além de um passa tempo, daqueles bem chicletes. Como é gratuito, vale a pena baixar principalmente se você precisa estudar ou relembrar a anatomia dos membros inferiores.
Este app está em inglês e só tem desafios de membros inferiores e pelve.
Muito
bem galera, espero que esta postagem desperte em vocês a curiosidade de
conhecer um pouco mais os apps de fisioterapia que existem por aí.
quinta-feira, 15 de outubro de 2015
Modalidades de Alongamento Muscular
Olá Fisionautas!
Como prometido, estou me esforçando para manter uma regularidade nas minhas postagens.
Espero que esta seja útil.
O ALONGAMENTO MUSCULAR
O alongamento muscular é uma conduta rotineira nos
consultórios de fisioterapia no Brasil e no mundo. Geralmente utilizamos os alongamentos
musculares com o objetivo de tratamento de dores e espasmos musculares, para
corrigir (ou ao menos minimizar) alterações posturais, também para prevenir
deformidades em pacientes neurológicos e, obviamente, tratar encurtamentos
musculares. Porém, apesar de ser uma técnica amplamente usada, será que podemos
dizer que realmente conhecemos a bagagem teórica envolvida nessa conduta?
“O alongamento muscular pode ser definido como uma manobra terapêutica utilizada para aumentar o comprimento de estruturas de tecidos moles encurtados e assim aumentar a amplitude de movimento.”
(Kisner, Colby,1998)
A postagem de hoje é bem didática e tem o objetivo apenas
de descrever as modalidades de alongamento. A relação de artigos e livros
pesquisados encontra-se no final do texto. No entanto, a minha referência
principal é o artigo CURRENT CONCEPTS IN MUSCLE STRETCHING FOR EXERCISE AND REHABILITATION, de Phil Page, publicado em 2012 no periódico The International
Journal of Sports Physical Therapy.
Você sabia que a literatura científica descreve 3
modalidades principais de alongamento muscular?
São eles os alongamentos estático,
dinâmico e alongamento de pré-contração, os quais ainda são subdivididos de
acordo com a técnica utilizada. (Figura abaixo).
ALONGAMENTO ESTÁTICO
O alongamento estático é a modalidade de alongamento mais
comum, sendo subdividido em 2 técnicas diferentes: O alongamento estático ativo
e o alongamento estático passivo.
Alongamento estático
passivo
O alongamento estático passivo é,
na minha opinião, o método de alongamento mais utilizado nos consultórios de
fisioterapia. Esse método consiste na movimentação lenta do segmento alongado até
o limite do arco de movimento, e sendo mantido por determinado tempo. Para
manter o alongamento pode ser utilizado um equipamento, a assistência de outra
pessoa ou mesmo uma outra parte do próprio corpo da pessoa que está realizando
o alongamento.
Alguns autores consideram este tipo
de alongamento um dos mais seguros. As vantagens desta técnica incluem:
execução simples, pouco gasto de energia, possibilita tempo suficiente para
reajustar a sensibilidade do reflexo do alongamento.
Alongamento estático ativo
A diferença do alongamento
estático passivo para o alongamento ativo é que neste último, o músculo alvo é alongado até o limite
do arco de movimento apenas com a força dos
músculos agonistas do movimento.
Por exemplo: Já viu aqueles caras
de filmes fuleiros de Kung-Fu (a título de curiosidade: quanto mais fuleiro,
melhor o filme de kung-Fu), que depois de dar um chute no bandido, ficam com a
perna esticada no ar? Pois é, esses caras tem um domínio tão grande do corpo
que conseguem manter essa posição apenas com a força dos músculos agonistas. A
contração dos músculos agonistas promove um relaxamento reflexo dos
antagonistas por meio da inibição recíproca.
Outra curiosidade: Muitos
dos movimentos ou posturas de Yoga são alongamentos estáticos ativos.
Olha o Po fazendo um alongamento estático ativo de isquiotibiais
ALONGAMENTO DINÂMICO
O alongamento dinâmico também pode ser subdividido em 2
técnicas: O alongamento ativo e o alongamento balístico.
Alongamento ativo
O alongamento
ativo envolve mover partes do seu corpo ao longo do arco de movimento e
gradualmente aumentar o alcance, a velocidade do movimento ou ambos.
Embora possam parecer idênticos, o alongamento ativo não é a mesma coisa
de alongamento balístico !
O alongamento
ativo consiste em movimentos controlados de braços e pernas que alcançam
o limite do arco de movimento. Ao contrário do alongamento balístico,
não são realizados movimentos abruptos. Um exemplo de alongamento ativo
seria um balanceio controlado das pernas, braços ou rotações do tronco
alcançando o limite do seu arco de movimento.
Os alongamentos
dinâmicos melhoram a flexibilidade dinâmica e são bastante utilizados
como parte do aquecimento ou da rotina de treino aeróbico (como nas
aulas de dança ou artes marciais)
Alongamento
Balístico
O alongamento Balístico é aquele que utiliza o momento do balanço de um
segmento do corpo como forma de forçá-lo além de sua amplitude de movimento
normal. Esse método é realizado com movimentos rápidos (“em trancos”) e tem uma
similaridade com movimentos de chutar, balançar e demais movimentos rápidos e
ritmicos, porém realizados no extremo final do arco de movimento.
Existem duas desvantagens principais na aplicação desse tipo de
alongamento. A primeira é que pelo fato do alongamento balístico produzir uma
tensão rápida e intensa num período curto de tempo, ele não permite ao músculo
se ajustar e relaxar na posição alongada. A outra desvantagem é que esse método
pode desencadear o reflexo miotático em resposta ao aumento repentino e
inesperado do comprimento muscular. O reflexo miotático gera uma contração
muscular reflexa, a qual pode causar um aumento de tensão forte suficiente para
lesionar o músculo.
“O
alongamento balístico envolve movimentos pendulares, saltos, movimentos
insistidos e movimentos rítmicos. No alongamento balístico, o momento é a força
propulsora que move o corpo ou um membro para o aumento enérgico da Amplitude
de Movimento. Essa técnica é o método de alongamento mais controverso, porque
pode causar irritabilidade e lesão.”
ALTER, Michael J. Alongamento para os esportes. 2. Ed. São Paulo: Editora Manole, 1999.
ALTER, Michael J. Alongamento para os esportes. 2. Ed. São Paulo: Editora Manole, 1999.
Comentários sobre o alongamento balístico
Apesar de muitas das fontes que consultei para escrever esta postagem
considerarem este tipo de alongamento pouco útil e com alto risco de causar
lesões musculares, é possível encontrar diversos trabalhos,
alguns bem recentes, que estudam os efeitos do alongamento balístico. Sinal que em algumas
situações ele pode ser uma alternativa interessante para o alongamento
muscular.
ALONGAMENTO DE PRÉ-CONTRAÇÃO
O alongamento pré-contração (confesso a vocês que
desconhecia completamente esta nomenclatura) envolve a contração do músculo que
está sendo alongado ou de seu antagonista imediatamente antes do alongamento. A
modalidade mais comum de alongamento de pré-contração é o alongamento de
Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva (FNP). Outras modalidades de alongamento
pré-contração incluem o relaxamento pós-isométrico, e o alongamento
pós-facilitação.
Alongamento
de Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva (PNF)
A técnica mais comum de alongamento de pré-contração é o
alongamento de Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva (PNF). Para ser bem
cri-cri com as definições e conceitos, o alongamento PNF não pode ser
considerada um alongamento propriamente dito, mais sim um conjunto de técnicas.
Os alongamentos com PNF utilizam a inibição recíproca como forma de estimular o
relaxamento muscular reflexo por meio da ativação do órgão tendinoso de Golgi.
A literatura que consultei descreve 3 tipos diferentes de
alongamento PNF:
[1] “contrair-relaxar”, o qual utiliza isotônicas resistidas do músculo (ou do
padrão de PNF) que se pretende alongar, seguido de relaxamento muscular e
alongamento estático.
[2] “Manter-Relaxar”, utiliza contração isométrica do músculo (ou do padrão de
PNF) que se pretende alongar, seguido de relaxamento muscular.
[3] “Contrair-relaxar contrair agonista” (CRCA), eu creio que esta técnica seja
conhecida também como reversão dinâmica. A primeira parte do CRCA é igual a
técnica contrair-relaxar, porém logo após o alongamento estático passivo, é
solicitado ao paciente a contração isométrica dos músculos antagonistas
Comentários
Alguns estudos evidenciaram que por meio do alongamento PNF
foi observado aumento da ADM de bailarinas. Esses resultados sugerem que mesmo
para indivíduos com níveis de ADM excelentes, pode se conseguir aumento dessa
amplitude através da PNF.
Relaxamento Pós Isométrico
Outra
modalidade de alongamento de pré-contração inclui o chamado “Relaxamento
Pós Isométrico”, também conhecida como técnica de energia muscular com
relaxamento pós-isométrico (TEM/RPI). Trata-se de um método de terapia
manual classificada entre as técnicas estruturais ativas, em que o
indivíduo participa aplicando sua força muscular e dosificando a
técnica. Esta técnica utiliza uma quantidade muito menor de contração
muscular (cerca de 25%). O Relaxamento Pós Isométrico é uma técnica
desenvolvida pelo Dr. Vladimir Janda e refere-se ao relaxamento muscular
após a realização da contração isométrica do agonista. Assim como o
alongamento por PNF, o relaxamento pós isométrico gera uma resposta
neurológica que envolve os órgãos tendinosos de golgi, em que a
contração isométrica excita o órgão tendinoso de golgi, através da fibra
aferente Ib, estimulando o interneurônio, este por sua vez, libera o
mediador inibitório, que, através do neurônio motor, cessa a descarga na
placa motora, promovendo o relaxamento muscular.
REFERÊNCIAS:
Current concepts in muscle stretching for exercise and rehabilitation.(Int J Sports Phys Ther. 2012 Feb;7(1):109-19.)
ANÁLISE DA PRESCRIÇÃO E ORIENTAÇÃO DOS EXERCÍCIOS DE ALONGAMENTO EM ACADEMIAS DE MUSCULAÇÃO DA CIDADE DE FORMOSA – GO (Trabalho de Conclusão de Curso - Licenciatura em Educação
Física )
Estudo
clínico comparativo do aquecimento por eletroestimulação ou bicicleta
estacionária como preparação ao alongamento muscular (Dissertação de mestrado – Faculdade de Medicina de Botucatu)
ASPECTOS CLÍNICOS DO ALONGAMENTO: UMA REVISÃODE LITERATURA (Rev. bras. fisioter. VoI. 8, No1 (2004), 1·6
Efeito de treinamentos de flexibilidade sobre a força e o torque muscular: uma revisão crítica (R. bras. Ci. e Mov 2013;(2): 151-
162.)
RESULTADOS DA TÉCNICA DE ENERGIA MUSCULAR NAEXTENSIBILIDADE E NA FLEXIBILIDADE: REVISÃO DELITERATURA (TCC Especialização em
Fisioterapia Traumato-Ortopédica e Desportiva)
Aplicação de técnica de energia muscular em coletores de lixo comlombalgia mecânica aguda (FISIOTERAPIA E PESQUISA 2005; 12(2))
sábado, 21 de junho de 2014
Esclerose Lateral Amiotrófica - Estágios e Fisioterapia
A Esclerose Lateral
Amiotrófica (ELA) foi descrita em 1869 pelo médico francês Jean-Martin Charcot,
e atualmente é considerada uma das principais doenças neurodegenerativas, ao
lado das doenças de Parkinson e de Alzheimer.
A ELA afeta tanto os neurônios motores inferiores quanto superiores. No caso dos neurônios motores inferiores, seu acometimento ocorre na medula espinhal. O acometimento dos neurônios motores superiores ocorre em todos os andares do SNC: medula, tronco cerebral e córtex motor. Esta degeneração resulta em uma variedade de sinais e sintomas (Tabela abaixo).
ESTÁGIOS DA ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA
É importantíssimo que
fisioterapeutas que atendem pacientes com doenças neuro-degenerativas conheçam
a história natural da patologia. Mesmo que se trate de uma doença incurável,
prever as complicações e ser capaz de elaborar um plano de tratamento levando
em consideração a evolução da doença traz um grande impacto na qualidade de vida dos pacientes.
Sinaki e Mulder, em
1978, foram os primeiros autores a descrever o curso natural da ELA como
composto de 6 etapas. Estes estágios são baseados na perda progressiva da
função muscular do tronco e extremidades e são apresentados a seguir:
ESTÁGIO I
Características:
Independência funcional preservada, fraqueza muscular com mudanças na resistência. Apoio psicológico e continuidade das atividades físicas normais é recomendada.
Independência funcional preservada, fraqueza muscular com mudanças na resistência. Apoio psicológico e continuidade das atividades físicas normais é recomendada.
Comentários:
Nas primeiras fases da doença o paciente é independente em termos de mobilidade e Atividades de Vida Diária (AVDs). Um grupo específico de músculos apresenta-se discretamente fraco, o que pode se manifestar como uma limitações no desempenho das atividades ou na resistência, ou em ambos.
A terapia consiste na orientação de paciente e cuidador, com relação a conservação de energia, a modificação da casa e local de trabalho e apoio psicológico. O paciente é aconselhado a continuar as atividades físicas normais. Nesta fase podem ser prescritos exercícios ativos de amplitude de movimento e alongamento, exercícios de fortalecimento dos músculos não afetados com carga baixa a moderada e atividades aeróbicas (por exemplo, natação, caminhada, ciclismo) em níveis submáximos.
Nas primeiras fases da doença o paciente é independente em termos de mobilidade e Atividades de Vida Diária (AVDs). Um grupo específico de músculos apresenta-se discretamente fraco, o que pode se manifestar como uma limitações no desempenho das atividades ou na resistência, ou em ambos.
A terapia consiste na orientação de paciente e cuidador, com relação a conservação de energia, a modificação da casa e local de trabalho e apoio psicológico. O paciente é aconselhado a continuar as atividades físicas normais. Nesta fase podem ser prescritos exercícios ativos de amplitude de movimento e alongamento, exercícios de fortalecimento dos músculos não afetados com carga baixa a moderada e atividades aeróbicas (por exemplo, natação, caminhada, ciclismo) em níveis submáximos.
ESTÁGIO II
Características:
Envolvimento da musculatura distal, sendo indicado em alguns casos o uso de órteses. São mantidas as mesmas condutas do estágio I, porém acrescentando o condicionamento cardiopulmonar e neuromuscular e treinamento físico-funcional.
Envolvimento da musculatura distal, sendo indicado em alguns casos o uso de órteses. São mantidas as mesmas condutas do estágio I, porém acrescentando o condicionamento cardiopulmonar e neuromuscular e treinamento físico-funcional.
Comentários:
O paciente tem fraqueza moderada em alguns grupos musculares. O principal objetivo da intervenção é avaliar a necessidade de equipamentos e dispositivos para auxiliar os músculos fracos. O paciente deve ser encorajado a manter os exercícios de alongamento, de amplitude de movimento, fortalecimento dos músculos não afetados e atividades aeróbicas. Além disso, o paciente e os cuidadores são orientados na realização de exercícios assistidos de amplitude de movimento para evitar contraturas.
O paciente tem fraqueza moderada em alguns grupos musculares. O principal objetivo da intervenção é avaliar a necessidade de equipamentos e dispositivos para auxiliar os músculos fracos. O paciente deve ser encorajado a manter os exercícios de alongamento, de amplitude de movimento, fortalecimento dos músculos não afetados e atividades aeróbicas. Além disso, o paciente e os cuidadores são orientados na realização de exercícios assistidos de amplitude de movimento para evitar contraturas.
Ao projetar um
programa de exercícios de fortalecimento para um paciente nos estágios I e II,
o terapeuta deve buscar o equilíbrio nas atividades, tomando cuidado para não
causar fadiga por uso excessivo e nem deixar que a atrofia por desuso se
instale. Em outras palavras: não é 8 e nem 80! Evidências, em pacientes com
outras doenças neuromusculares, indicam que exercícios de resistência com
muitas repetições ou com carga excessiva podem causar perda permanente da força
em um músculo afetado. Por outro lado, a redução acentuada no nível de
atividade secundária a ELA, pode levar ao descondicionamento cardiovascular e fraqueza
por desuso (como eu disse: nem 8 e nem 80).
Apesar de ganhos
funcionais como resultado de exercício ainda não terem sido formalmente determinados,
alguns resultados sugerem que programas de exercícios pode ser fisiologicamente
e psicologicamente benéfico para pacientes com ELA. Por isso, existem autores
que defendem a inclusão de exercícios de fortalecimento e resistência muscular,
quando tolerados, particularmente nos primeiros estágios da doença. Os doentes
são aconselhados a não realizar nenhuma atividade até o ponto de fadiga extrema
(ou seja, incapacidade de realizar atividades diárias após o exercício devido à
exaustão, dor, fasciculações ou cãibras musculares)
ESTÁGIO III
Características:
Limitações funcionais moderadas e maior suscetibilidade à fadiga. Os pacientes necessitam de cadeiras de rodas e podem usar órteses para os braços.
Limitações funcionais moderadas e maior suscetibilidade à fadiga. Os pacientes necessitam de cadeiras de rodas e podem usar órteses para os braços.
Comentários:
O paciente ainda é capaz de deambular, no entanto fraqueza em determinados grupos musculares pode resultar em queda do pé (fraqueza dos tibiais) ou uma mão marcadamente fraca. O paciente pode não ser capaz de levantar-se de uma cadeira sem ajuda. No geral, o paciente pode apresentar limitação funcional leve a moderada Nesta fase, como em todas as outras fases, o objetivo é manter o paciente fisicamente independente. Órteses podem ser necessárias para diminuir o gasto de energia e melhorar a segurança e mobilidade do paciente. Os pacientes podem começar a relatar peso e fadiga ao manter a cabeça erguida por longos períodos. Neste caso, os pacientes podem se beneficiar de um colar cervical macio. Para evitar a exaustão, uma cadeira de rodas pode ser necessária quando viajar longas distâncias.
O paciente ainda é capaz de deambular, no entanto fraqueza em determinados grupos musculares pode resultar em queda do pé (fraqueza dos tibiais) ou uma mão marcadamente fraca. O paciente pode não ser capaz de levantar-se de uma cadeira sem ajuda. No geral, o paciente pode apresentar limitação funcional leve a moderada Nesta fase, como em todas as outras fases, o objetivo é manter o paciente fisicamente independente. Órteses podem ser necessárias para diminuir o gasto de energia e melhorar a segurança e mobilidade do paciente. Os pacientes podem começar a relatar peso e fadiga ao manter a cabeça erguida por longos períodos. Neste caso, os pacientes podem se beneficiar de um colar cervical macio. Para evitar a exaustão, uma cadeira de rodas pode ser necessária quando viajar longas distâncias.
ESTÁGIO IV
Características:
Este é o início de uma fase mais grave, com alterações nos membros inferiores. Continuação dos exercícios do estágio 2, com o acréscimo de exercícios que visam prevenir a contratura muscular e orientação sobre o posicionamento quando deitado.
Este é o início de uma fase mais grave, com alterações nos membros inferiores. Continuação dos exercícios do estágio 2, com o acréscimo de exercícios que visam prevenir a contratura muscular e orientação sobre o posicionamento quando deitado.
Comentários:
O paciente neste estágio tem fraqueza grave das pernas e envolvimento dos braços. Assim, o paciente utiliza uma cadeira de rodas e pode ser capaz de realizar as AVDs. Mantém-se a orientação de exercícios passivos e assistidos para evitar contraturas. Exercícios de fortalecimento e ativo-livres de todos os músculos não-envolvido devem ser continuados. Dado que a mobilidade geral diminui, a necessidade de instrução para inspecionar a pele para áreas de pressão aumenta, sendo recomendado cuidados especiais para se evitar o desenvolvimento de úlceras de pressão.
O paciente neste estágio tem fraqueza grave das pernas e envolvimento dos braços. Assim, o paciente utiliza uma cadeira de rodas e pode ser capaz de realizar as AVDs. Mantém-se a orientação de exercícios passivos e assistidos para evitar contraturas. Exercícios de fortalecimento e ativo-livres de todos os músculos não-envolvido devem ser continuados. Dado que a mobilidade geral diminui, a necessidade de instrução para inspecionar a pele para áreas de pressão aumenta, sendo recomendado cuidados especiais para se evitar o desenvolvimento de úlceras de pressão.
ESTÁGIO V
Características:
dependência funcional demandando exercícios de alongamento e terapia manual para reduzir as dores musculares e articulares, espasticidade e fasciculação muscular. A estimulação elétrica e hidroterapia auxiliam com a instabilidade, assim como o uso de órteses.
dependência funcional demandando exercícios de alongamento e terapia manual para reduzir as dores musculares e articulares, espasticidade e fasciculação muscular. A estimulação elétrica e hidroterapia auxiliam com a instabilidade, assim como o uso de órteses.
Comentários:
Esta fase é caracterizada por fraqueza progressiva e deterioração da mobilidade e resistência. Os músculos do braço podem apresentar fraqueza moderada ou grave. O paciente torna-se incapaz de se mover-se na cama; Assim, a troca de decúbito freqüente e os cuidados com a pele tornam-se fundamentais. A dor pode se tornar um grande problema, podendo ser causada pela hipomobilidade, contraturas, espasticidade, ou mesmo instabilidade articular. Os pacientes podem ser incapazes de manter a cabeça erguida por períodos prolongados. Assim, um colar semi-rígido é apropriado nesta fase da doença.
Esta fase é caracterizada por fraqueza progressiva e deterioração da mobilidade e resistência. Os músculos do braço podem apresentar fraqueza moderada ou grave. O paciente torna-se incapaz de se mover-se na cama; Assim, a troca de decúbito freqüente e os cuidados com a pele tornam-se fundamentais. A dor pode se tornar um grande problema, podendo ser causada pela hipomobilidade, contraturas, espasticidade, ou mesmo instabilidade articular. Os pacientes podem ser incapazes de manter a cabeça erguida por períodos prolongados. Assim, um colar semi-rígido é apropriado nesta fase da doença.
ESTÁGIO VI
Características:
Este é o estado máximo de dependência. Os pacientes são por vezes imóveis, com envolvimento do sistema respiratório. A Fisioterapia cardiopulmonar é de grande importância nesta fase, assim como as alterações na postura e um programa de atendimento domiciliar. As técnicas fisioterapêuticas de Estágios 1 e 2 deve ser continuadas
Este é o estado máximo de dependência. Os pacientes são por vezes imóveis, com envolvimento do sistema respiratório. A Fisioterapia cardiopulmonar é de grande importância nesta fase, assim como as alterações na postura e um programa de atendimento domiciliar. As técnicas fisioterapêuticas de Estágios 1 e 2 deve ser continuadas
Comentários:
O paciente agora necessita de assistência máxima com as AVDs. Tornam-se cruciais os cuidados com úlceras de pressão e a prevenção da estase venosa nas pernas. A gestão da dor continua a ser importante. A incapacidade de sustentar a cabeça devido a fraqueza dos músculos extensores do pescoço podem se tornar um grande problema. Desconforto respiratório progressivo desenvolve-se nesta fase, sendo necessária a fisioterapia respiratória e o uso de aspiradores para eliminação de secreções pulmonares. As metas neste estágio são semelhantes aos de cuidados paliativos: para atender às necessidades do paciente e seus cuidadores. Exercícios de respiração profunda, técnicas de tosse assistida e técnicas de desobstrução das vias aéreas são recomendadas para tratar problemas respiratórios agudos ou crônicos.
O paciente agora necessita de assistência máxima com as AVDs. Tornam-se cruciais os cuidados com úlceras de pressão e a prevenção da estase venosa nas pernas. A gestão da dor continua a ser importante. A incapacidade de sustentar a cabeça devido a fraqueza dos músculos extensores do pescoço podem se tornar um grande problema. Desconforto respiratório progressivo desenvolve-se nesta fase, sendo necessária a fisioterapia respiratória e o uso de aspiradores para eliminação de secreções pulmonares. As metas neste estágio são semelhantes aos de cuidados paliativos: para atender às necessidades do paciente e seus cuidadores. Exercícios de respiração profunda, técnicas de tosse assistida e técnicas de desobstrução das vias aéreas são recomendadas para tratar problemas respiratórios agudos ou crônicos.
Esta divisão em estágios
pode ajudar os fisioterapeutas a identificar a fase clínica da doença, bem como
facilitar a indicação correta de exercícios e orientação, a fim de retardar a
complicações como a contratura muscular, dor e problemas respiratórios.
Piemonte e Ramirez também sugeriram três etapas classificação para
a dependência funcional (independente semi-independente e independente), juntamente
com a especificação conduta fisioterapêutico para cada fase. Estes autores
também recomendaram exercícios diários ministrados aos pacientes e cuidadores
no ambulatório. As três fases foram descritos como se segue:
Fase Independente:
Capacidade motora está preservada, com paciente sendo capaz de deambular e realizar atividades diárias normais. Há uma ligeira redução da força muscular e da suscetibilidade à fadiga. Os principais objetivos são manter o funcionamento motor estável por tanto tempo quanto possível, para evitar retrações musculares e deformidades articulares, reeducação postural e orientações sobre o uso de órteses.
Capacidade motora está preservada, com paciente sendo capaz de deambular e realizar atividades diárias normais. Há uma ligeira redução da força muscular e da suscetibilidade à fadiga. Os principais objetivos são manter o funcionamento motor estável por tanto tempo quanto possível, para evitar retrações musculares e deformidades articulares, reeducação postural e orientações sobre o uso de órteses.
Fase semi-independente:
Os indivíduos apresentam dificuldade na realização de atividades diárias e o uso de cadeiras de rodas é necessário. Este é o início do envolvimento do sistema respiratório, com dispnéia durante o esforço moderado. Alongamento, fortalecimento muscular, exercícios de postura do tronco e exercícios respiratórios são recomendados. Estes procedimentos aumentam a flexibilidade, reduzem cãibras, fortalecer a musculatura e melhoram a postura.
Os indivíduos apresentam dificuldade na realização de atividades diárias e o uso de cadeiras de rodas é necessário. Este é o início do envolvimento do sistema respiratório, com dispnéia durante o esforço moderado. Alongamento, fortalecimento muscular, exercícios de postura do tronco e exercícios respiratórios são recomendados. Estes procedimentos aumentam a flexibilidade, reduzem cãibras, fortalecer a musculatura e melhoram a postura.
Fase
Dependente:
Os pacientes necessitam de cuidadores para auxiliá-los na realização de atividades do dia-a-dia devido à evolução dos sintomas. Preservação da mobilidade articular com ênfase na região pélvica e escapular, a preservação ou melhoria no controle sobre o tronco e pescoço, treinamento respiratório e alterações posturais são recomendados.
Os pacientes necessitam de cuidadores para auxiliá-los na realização de atividades do dia-a-dia devido à evolução dos sintomas. Preservação da mobilidade articular com ênfase na região pélvica e escapular, a preservação ou melhoria no controle sobre o tronco e pescoço, treinamento respiratório e alterações posturais são recomendados.
LEITURA RECOMENDADA
Piemonte MEP, editor. Manual de exercícios domiciliares para pacientes com esclerose lateral amiotrófica. São Paulo: Manole; 2001. p. 19-64.
Reabilitação física na Esclerose Lateral Amiotrófica - disponível em: http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2009/RN%202009%201/189%20.pdf
The Role of Exercise in Amyotrophic Lateral Sclerosis - disponível em: http://www.researchgate.net/publication/5225749_The_role_of_exercise_in_amyotrophic_lateral_sclerosis/file/60b7d52937095b7ee3.pdf
Physiotherapeutic conduct in amyotrophic lateral sclerosis - disponível em: http://www.scielo.br/pdf/spmj/v124n6/11.pdf
segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013
Exercícios para o manejo da fadiga relacionada ao câncer - Ligando evidência e prática
Olá Fisionautas,
Como os médicos aplicam os resultados da revisão sistemática Cochrane ao caso da Sra. Hunter?
Hoje,
dia 4 de fevereiro é o dia mundial de luta contra o câncer e em
homenagem a esta luta deixo a tradução livre de mais um artigo da série
LEAP (Linking Evidence and Practice- Ligando Evidência e Prática). Este
trabalho foi publicado em 2011 na revista Physical Therapy e fala sobre a
prática de exercícios físicos no combate a fadiga relacionada ao
câncer.
Quem quiser baixar o artigo original em inglês basta acessar este link >>>>AQUI<<<<.
Se você gostou da abordagem LEAP, talvez queira ler a tradução de outros artigos da série:
# Reabilitação Pulmonar Após exacerbação Aguda da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica.- ligando evidência e práticaQuem quiser baixar o artigo original em inglês basta acessar este link >>>>AQUI<<<<.
Se você gostou da abordagem LEAP, talvez queira ler a tradução de outros artigos da série:
EXERCÍCIOS PARA O MANEJO DA FADIGA RELACIONADA AO CÂNCER
A fadiga relacionada ao câncer (FRC) afeta entre 70% a 100% dos
pacientes durante o curso da doença ou do seu tratamento e resulta em
restrições nas atividades do dia a dia. [2-3]. Embora a causa da FRC ainda seja
desconhecida [4-7], existem diretrizes o seu tratamento. De acordo com as
recomendações do National Comprehensive Cancer Network (NCCN), a FRC é definida
como um sintoma persistente, um senso subjetivo de cansaço físico, emocional e
cognitivo ou exaustão relacionada ao câncer ou ao seu tratamento que não seja
proporcional à atividade realizada recentemente a qual poderia interferir com a
capacidade funcional usual do paciente. A
NCCN , recomenda que se deve inicialmente tratar quaisquer condições
identificáveis e reversíveis que possam colaborar para o desenvolvimento de
fadiga, tais como hipotireoidismo, depressão, anemia ou insônia[8]. Se estes tratamentos não
funcionarem, ou se nenhum fator potencialmente causador de fadiga tenha sido
identificado, as diretrizes sugerem uma variedade de abordagens possíveis.
Entre as abordagens não farmacológicas recomendadas pela
NCCN está o aumento da atividade física. O combate ao sedentarismo e a prática
de exercícios físicos regulares podem reduzir tanto os efeitos físicos quanto psicológicos
do stress relacionado com tratamentos de câncer, podem também melhorar o humor
e reduzir a ansiedade e o medo em pacientes [9]. Recentemente, o American
College of Sports Medicine (ACSM) publicou diretrizes de exercícios para as
pessoas que sobreviveram ao câncer. Estas diretrizes afirmam que o exercício é
seguro e é capaz de melhorar o desempenho físico, a qualidade de vida e reduzir
o sintoma de fadiga [9]
Para determinar o efeito do exercício na fadiga relacionada
ao câncer, os autores Cramp e Daniel realizaram uma revisão sistemática, que
foi publicado no The Cochrane Database of Systematic Reviews em 2009 [10]. Esta
revisão procurou determinar o efeito de exercícios em pacientes com vários
tipos e estágios de câncer e com vários esquemas de tratamento, durante e também
após o tratamento. A revisão incluiu estudos randomizados controlados com
participantes de qualquer idade que tiveram qualquer tipo de câncer e qualquer
tipo de tratamento. Para serem incluídos, os estudos deveriam investigar o
efeito de qualquer tipo de exercício realizado em qualquer ambiente (hospital,
ambulatório ou domiciliar) e a sua comparação com nenhum exercício, tratamento
usual, ou tratamentos alternativos. Os estudos poderiam relatar desfechos em
várias formas, incluindo ferramentas padronizadas para avaliação da fadiga,
capacidade aeróbica, qualidade de vida, ansiedade e depressão.
Leve uma lição para
casa
A revisão por Cramp e Daniel [10] identificaram o efeito benefício
de exercício na redução da FRC. Os benefícios foram vistos tanto em programas
de exercícios supervisionados quanto não-supervisionados, realizados durante ou
mesmo após o tratamento do câncer. Vários modos, intensidades, freqüências e
durações de exercício parecem ser eficazes, no entanto, não há evidências suficientes
para orientar a escolha de um programa de exercícios específicos.
Caso # 5
Exercício e fadiga relacionada ao câncer
Um programa de
exercícios físicos pode ajudar esta paciente?
A Sra. Hunter é uma professora de educação física aposentada
de 65anos de idade, que buscou atendimento médico devido tosse crônica e perda
de 15 quilos de peso ao longo de 1 ano.
A Tomografia Computadorizada de tórax revelou uma massa de
3,3 cm no lobo superior do pulmão esquerdo, e a biópsia confirmou um carcinoma
de pulmão de células não pequenas. Ao longo de um período de 7 meses, a
paciente foi submetida a uma lobectomia seguida por quimio e radioterapia. Um
ano após a conclusão de seu tratamento de câncer, a Sra. Hunter queixou-se ao
médico sobre dispnéia de esforço e fadiga. Sua taxa de fadiga de acordo com a
escala visual analógica (EVA) foi de 60 de uma pontuação máxima de 100.
Como os médicos aplicam os resultados da revisão sistemática Cochrane ao caso da Sra. Hunter?
Foram realizados exames clínicos, porém não foi possível identificar
alterações fisiológicas que explicassem a fadiga e a dispnéia da paciente.
Desta forma, determinou-se que a dispneia de esforço era provavelmente causada
por descondicionamento físico.
Foi elaborada uma pergunta utilizando o formato PICO (Paciente,
Intervenção, Comparação e resultado (Outcome)) para guiar a busca de evidências
na literatura: Em uma mulher de 65 anos de idade, com câncer de pulmão, tratada
com lobectomia, quimioterapia e radioterapia, um programa de exercícios (em
comparação com exercício nenhum) seria benéfico para reduzir a fadiga?
A equipe que acompanha a Sra Hunter determinou que o artigo
de revisão sistemática de Cramp e Daniel [10] forneceu informações relevantes
que lhes permitiu responder a pergunta elaborada.
A maioria dos estudos na revisão
sistemática incluiu apenas as pessoas com câncer de mama, e nenhum dos estudos
incluiu apenas as pessoas com câncer de pulmão, no entanto vários dos estudos utilizados
na revisão sistemática incluíram participantes com vários tipos de câncer. Os
resultados dos participantes que receberam exercício foram mais freqüentemente
comparados a não intervenção ou "cuidados habituais".
Com base na avaliação da revisão sistemática a equipe recomendou
um programa de exercícios. Ela concordou com a recomendação e iniciou um
programa Individualizado de exercícios supervisionados em sessões de 60
minutos, duas vezes por semana, durante 10 semanas. Cada sessão incluiu um
período de aquecimento de 5-10 minutos em bicicleta estacionária ou esteira
ergométrica com uma intensidade de 10 a 12 na Avaliação de Borg, mantendo uma saturação
de oxigênio superior a 90%. O aquecimento foi seguido de um circuito de
musculação direcionado aos principais músculos dos membros superiores e
inferiores. Exercícios foram iniciados com uma série de 8 a 15 repetições e
progrediram até um máximo de 3 séries de 15 repetições, sempre com base na
tolerância da Sra. Hunter ao exercício. As sessões eram encerradas com
exercícios de alongamento de todos os grandes grupos musculares. O peso total
levantado em todos os grupos musculares durante todo o programa foi registrado.
Os resultados da
intervenção coincidem com os sugeridos pela revisão sistemática?
A Sra. Hunter completou 19 de 20 sessões de exercícios. Sua
fadiga foi reduzida no final do programa a uma pontuação de 22 em 100 na EVA. A
magnitude da redução da Sra. Hunter em fadiga (38 pontos), pode ser considerada
clinicamente importante. Além disso, ela não relatou efeitos adversos relacionados
ao programa de exercícios.
Olha aí a Sra Hunter alegre e faceira liberando serotonina
em sua caminhada matinal na esteira
Você pode aplicar os
resultados da revisão sistemática para seus pacientes?
Os resultados desta revisão aplicam-se a pacientes adultos
com diversos tipos de câncer que recebem intervenção de exercício durante ou
após tratamentos de câncer. Os resultados se aplicam tanto a pacientes em
programas de exercícios supervisionados quanto domiciliares.
O que pode ser
aconselhado a partir dos resultados desta revisão sistemática?
Os pacientes que se encaixam na descrição acima são
susceptíveis de beneficiar de um programa de exercícios que é de
aproximadamente 12 semanas. Da mesma forma que o programa de exercícios da Sra.
Hunter, as recentes orientações do ACSM sugerem que prescrições de exercício devem
ser individualizadas, considerando as precauções associadas ao tipo específico
de câncer, o nível de condicionamento físico, comorbidades e resposta ao
tratamento. Embora a Sra Hunter tenha aderido a um programa de exercícios após
o término do tratamento de câncer, a revisão sistemática demostra que os pacientes
que completaram programas de exercícios durante ou após seus tratamentos de
câncer experimentaram redução da fadiga e melhora da qualidade de vida.
REFERÊNCIAS
1 The Cochrane Library. Available at: http://www.thecochranelibrary.com/view/0/index.html. Accessed February 7, 2011.
2 Mock V. Fatigue management: evidence and guidelines for practice. Cancer. 2001;92(6 suppl):1699–1707.
3 Curt GA, Breitbart W, Cella D, et al. Impact of cancer-related
fatigue on the lives of patients: new findings from the Fatigue
Coalition. Oncologist. 2000;5:353–360.
4 Flechtner H, Bottomley A. Fatigue assessment in cancer clinical trials. Expert Rev Pharmacoecon Outcomes Res. 2002;2:67–76.
5 Lucia A, Earnest C, Pérez M. Cancer-related fatigue: can exercise
physiology assist oncologists? Lancet Oncol. 2003;4:616–625.
6 Wagner LI, Cella D. Fatigue and cancer: causes, prevalence and treatment approaches. Br J Cancer. 2004;91:822–828.
7 Mustian KM, Morrow GR, Carroll JK, et al. Integrative
nonpharmacologic behavioral interventions for the management of
cancer-related fatigue. Oncologist. 2007;12(suppl 1):52–67.
8 Clinical Practice Guidelines in Oncology. Cancer-related fatigue
(v.1.2010).2010.
http://www.nccn.org/professionals/physician_gls/PDF/fatigue.pdf.
Accessed August 10, 2010.
9 Schmitz KH, Courneya KS, Matthews C, et al; American College of
Sports Medicine. American College of Sports Medicine roundtable on
exercise guidelines for cancer survivors. Med Sci Sports Exerc.
2010;42:1409–1426.
10 Cramp F, Daniel J. Exercise for the management of cancer-related
fatigue in adults. Cochrane Database Syst Rev. 2009;(3):CD006145.
segunda-feira, 21 de janeiro de 2013
Fisioterapia pós fratura de Colles
O mecanismo de lesão
mais comum é a queda sobre a mão estendida. As pessoas extendem a mão como
parte da reação de proteção contra a queda. É mais comum em adultos acima de 50
anos, em particular mulheres brancas devido a associação com a osteoporose
pós-menopausa. Com relação ao mecanismo de lesão, achei um video bem
interesante na internet. Trata-se de um acidente de um garoto andando de skate.
Neste video podemos ver a lesão e o aspecto em dorso de garfo assumido pelo
antebraço fraturado.
– ATENÇÃO ! O VIDEO É
HEAVY METAL – contém cenas chocantes e não é recomendado a pessoas sensíveis,
com problemas cardíacos, de estômago fraco ou com disfunção da hipófise \m/
>Ô ô< \m/
O tratamento médico
inicial da fratura de Colles pode variar desde a redução fechada até redução
cirúrgica com fixador externo. Qualquer que seja a intervenção, esta sempre
será seguida de imobilização do antebraço para a consolidação óssea.
Fratura
reduzida – Agora começam os cuidados de fisioterapia.
A imobilização prolongada pode gerar rigidez articular, encurtamento tendíneo e edema. Portanto logo após a estabilização do foco de fratura, seja por redução fechada ou aberta, pode-se iniciar precocemenrte exercícios passivos e ativos de amplitude de movimento de todas as articulações não envolvidas (dedos, ombro e cotovelo - quando possível). Os objetivos principais de um programa de exercícios precoces são basicamente: [1] manutenção da força muscular, [2] recuperação de amplitude de movimento, e [3] prevenção de restrição articular.
A imobilização prolongada pode gerar rigidez articular, encurtamento tendíneo e edema. Portanto logo após a estabilização do foco de fratura, seja por redução fechada ou aberta, pode-se iniciar precocemenrte exercícios passivos e ativos de amplitude de movimento de todas as articulações não envolvidas (dedos, ombro e cotovelo - quando possível). Os objetivos principais de um programa de exercícios precoces são basicamente: [1] manutenção da força muscular, [2] recuperação de amplitude de movimento, e [3] prevenção de restrição articular.
Condutas
no pós operatório:
Nos casos tratatdos
cirurgicamente, PO imediato, a atenção deve estar focada na educação do
paciente quanto a importância de manter o braço operado em elevação. Isso irá
reduzir o edema, prevenir a dor e ajudará na cicatrização. Essa orientação é
simples e ajuda muito!
Além da elevação da mão
acima da altura do coração, no primeiro dia de pós-operatório, podem ser
iniciados precocemente atividades de flexão/extensão dos dedos da mão para estimular a ação de bombeamento dos músculos
da mão e assim ajudar a prevenir ou diminuir o edema. Ah! Importante: Como se
trata de uma cirurgia, verifique antes no prontuário se o procedimento envolveu
somente a fixação óssea. No caso de cirurgia envolvendo vasos e nervos, espere
a liberação do cirurgião para começar quaisquer exercícios.
Pode parecer bobagem
mandar uma pessoa com fratura de punho ficar mexendo os dedinhos, mas lembre-se
que vários músculos flexores e extensores dos dedos da mão são poliarticulares,
isto é: originam-se no antebraço, cruzam o punho e se inserem nos
quirodáctilos. Assim, ao mexer os dedinhos você garante estímulos tróficos aos
músculos, evita aderências, hipotrofia muscular e possíveis perdas de
comprimento muscular.
Atenção especial deve
ser dispensada a pacientes cujo foco de fratura foi estabilizado utilizando um
fixador externo pelo fato do antebraço ser mantido em pronação, o que predispõe
o paciente a contratura da articulação radioulnar distal.
É importante ressaltar
que estes exercícios não devem causar dor, talvez no máximo um leve desconforto,
o qual deve desaparecer tão logo a atividade seja interrompida. O tratamento
agressivo pode lentificar o processo de cicatrização. Lembre-se: nem sempre o
que arde cura e o que aperta segura.
Condutas
pós retirada da imobilização.
Geralmente a consolidação da fratura leva de 6 a 10 semanas, podendo variar de acordo com a idade do paciente e gravidade da fratura. Além disso, este período de tempo pode ser aumentado por complicações incluindo lesão da articulação radioulnar e/ou radiocarpal.
Geralmente a consolidação da fratura leva de 6 a 10 semanas, podendo variar de acordo com a idade do paciente e gravidade da fratura. Além disso, este período de tempo pode ser aumentado por complicações incluindo lesão da articulação radioulnar e/ou radiocarpal.
De modo geral, quando
um(a) paciente com fratura de Colles chega ao ambulatório de fisioterapia
esperamos encontrar: Redução da ADM, perda de força muscular, dor, edema, e
consequentemente prejuízos nas Atividades de Vida Diária
O foco principal no
início do tratamento deve se concentrar na recuperação da ADM, afinal de contas
não tem como ganhar força ou treinar coordenação sem que o paciente tenha
amplitude de Movimento não é mesmo¿
A perda da estabilidade
destas articulações devido a fratura ou perda de suporte ligamentar pode
complicar o manuseio e o regime de tratamento destas fraturas.
Mas considerando o melhor cenário, isto é: uma fratura que consolidou sem complicações. Certamente iremos encontrar fraqueza muscular e limitações nos movimentos do punho.
Então, mais uma vez o basicão da fisioterapia após a retirada da imobilização consiste em cinesioterapia visando o ganho de ADM e ganho de força para os movimentos de punho (flexo-extensão, prono-supinação e desvios radial e ulnar).
Como dito anteriormente,
um dos principais objetivos da fisioterapia é a recuperação da ADM do punho. O
tratamento inicia-se com exercícios passivos, evoluindo para ativo-assistidos,
ativo-livres e finalmente resistidos. ADM reduzida e dor geralmente andam
juntas e o ganho de ADM utilizando alongamento e mobilizações geralmente
reflete também em uma redução da dor e do edema em punho e mão.
Para o
fortalecimento muscular é importante trabalhar todos os músculos do antebraço,
sem esquecer pos pequenos músculos intrínsecos e extrínsecos da mão.
Não encontrei nenhuma
diretriz ou estudo que descreva a superioridade de uma abordagem de
fisioterapia sobre outra. Assim, podemos lançar mão das técnicas que julgarmos mais adequadas a cada
caso, desde técnicas de mobilização articular (Maitland, Mulligan, Kaltenborn,
etc...), técnicas de bandagem, eletroterapia (o quase onipresente ultrasom
terapêutico, TENS, FES), PNF, Osteopatia, Quiropraxia, ou seja: utilize as
técnicas e recursos que você domina.
Espero que esta postagem
tenha sido útil.
fonte:
http://fisioterapiahumberto.blogspot.com.br/search/label/exerc%C3%ADcios%20terap%C3%AAuticos
http://fisioterapiahumberto.blogspot.com.br/search/label/Fa%C3%A7a%20voc%C3%AA%20mesmo